terça-feira, 18 de maio de 2010

Um novo começo... uma nova página...

domingo, 25 de abril de 2010

Praia...

Não minto quando digo que não gosto quando o dia começa a escurecer, abate-se uma tristeza em mim, e estar em casa num momento desses faz-me sentir a escurecer por dentro como o tempo, como se tudo se retraísse mais e cada vez mais.
Praia, sim, prefiro ir até à praia e ver o dia a ir lá... Porque lá é diferente, enquanto as paredes do meu quarto quase que perdem vida quando o dia está a terminar, o céu lá fora ganha vida e cores únicas...
Ontem quando me sentei por lá parecia que certas fases do passado passassem como trailer, assim de flash e uma voz cá dentro em sussurro perguntou-me: "Porquê preto...?"
Olhos meus ficaram rasos naquele momento e deixei que a brisa os secasse.


...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

M e Eu


M e EU no miradouro de Santa Iria, o meu miradouro preferido :)
Só tinha um mesinho nessa foto e que seja dita a verdade, era super fofinha, não era?

quarta-feira, 31 de março de 2010

02:43 a incidir pelo Luar


São 02: 43 da manhã… estou sentada no cadeirão junto à janela do meu quarto enroscadinha na minha manta de pólo azul bebe…
Está frio… mas só a vista daqui já me preenche a noite quase num todo.
A lua está grande e redonda no alto céu… o seu reflexo no mar só a torna maior… a luz que transmite faz-me sentir que já é de madrugada.
O som das ondas do mar a rebentar… a praia…
Quem me dera abraçar-te agora… sentar-me no teu colo, neste mesmo cadeirão, junto à janela do meu quarto, deitar a cabeça sobre o teu ombro, enroscar-me nos teus braços, partilhar esta manta contigo e ficar a contemplar contigo o luar…
Quem me dera sentir os teus lábios sobre o meu corpo… o calor da tua respiração… da tua pele junto à minha…
Quem me dera poder amar-te… fazer amor contigo apenas com a luz do luar a incidir sobre os nossos corpos suados do prazer, do desejar de uma noite… a deleitar-nos os traços enquanto nos completávamos… enquanto nossas almas como uma se mutuavam…
Quem me dera…

terça-feira, 30 de março de 2010

Às vezes...

Às vezes vou até lá...
Sento-me onde costumavas estar e, por mais estranho que pareça, ainda sinto o teu calor a envolver o meu corpo...
Por mais que me digam que tu não passas do fruto da minha imaginação, eu acredito que ainda comigo estás...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Não me perguntes porquê...

Não me perguntes porquê...
Apetece-me tocar violão...
Comecei a compor... e esta musica soa-me diferente...
Tocá-la é quase como desejar ficar nos teus braços durante um tempo indeterminado... ficar a acariciar-te... a sentir-te... há certas notas que soam quase como o desejo de fazer amor...
E, simplesmente, não me perguntes porquê...

Fotos da lua VS momento capturado pela alma

A Lua hoje estava linda...

Tentei capturar numa foto... mas, não saiu lá muito como queria.

Apesar de a máquina não captar o que olhos meus captaram, valeu a pena tentar, valeu a pena o momento guardado n'alma.
só o reflexo dela à beira-mar, já me diz muito...

as minhas pegadas ensopadas pela maré :)

domingo, 28 de março de 2010

Aceitas dar um passeio comigo pela praia?




Aceitas dar um passeio comigo pela praia? sim, tu que estás ai deste lado... aceitas? sim? então anda... vem comigo...



à nossa esquerda...












à nossa direita...







Depois de darmos uns passos... vês como ficou o céu?








Sim, já começa a escurecer... sentes frio?


às vezes somos assim, como essas pequenas pedras que vêm e voltam com o mar... às vezes também nós somos levados pelos sentimentos, a senti-los... outras são as pessoas que nos fazem ser assim, levados... trazem-nos como o mar e deixam-nos ali e depois voltam e levam-nos e outras ainda voltam a deixar-nos... mas enquanto as pedrinhas à beira-mar quando vão a marca também vai, nós não, a nós levem-nos, trazem, deixam e as marcas vão ficando...

mas mesmo assim, ainda temos tempo para...



olhar para trás, sorrir e seguir em frente :)

então, gostaste do passeio?

espero por ti para um outro passeio ou nem por isso?

Dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite… (II)

Camisa de noite cinzenta de cetim, que me roça no peito dos pés enquanto caminho sobre a areia húmida da névoa da noite fria… caminho eu, enroscada numa manta de lã pólo macia… tão macia, mas preta como o céu nesta noite…
Não sei onde devo parar nem sequer se isto fará sentido esta noite, se levaremos tudo a perder ou se o mundo apenas começará agora a ser descoberto para e por nós.
Tremo e não sei se por nervos ou por frio… será que valerá a pena? Será que te aproximarás e que te sentirei assim... (?) assim tão perto, o teu toque…
Eu – Estarei eu a… ou… tu… (?) – sinto o calor da tua respiração junto a mim.
Ele – Sim, eu estou aqui…
- Mesmo?
- Sim… duvidas?
- Não.
- Então porque não te viras?
- E se me virar e deixar de te sentir?
- Confia em mim…
- Tenho medo…
- De quê?
- De te perder. E se isto não der certo? E se te fores? E se não… - Envolves os teus braços à volta do meu corpo, fecho e aperto os olhos.
- Abre os olhos…
- Não!
- Abre… - sorris – Confia em mim, como sempre o fizeste… - entrelaças os teus dedos nos meus.
- Não me largas?
- Nop.
- Prometes?
- Sim.
Devagarinho abro os olhos e… não é uma miragem… eu sinto-te, sinto os teus dedos entrelaçados nos meus, a tua mão! Sim… a tua mão, os teus dedos compridos…
- Tens uma mão tão grande e macia… - lanço um sorriso.
- É para te segurar pela mão quando tiveres medo e te acariciar o corpo nas nossas longas noites…
- Como agora?
- Sim. Mas ainda falta algo…
- O quê? – Sinto agora a tua mão a guiar o meu rosto na direcção do teu…
- Isto. – Encostas os teus lábios aos meus… como são quentes os teus lábios…suavemente beijam o meu lábio inferior tal como com a mesma suavidade se descolam. Viro-me para ti num todo.
Agora, os nossos corpos encontram-se juntos, a sentirem-se…conseguimos ouvir o palpitar dos nossos corações quase que em uníssono…os teus braços por dentro da manta envolvem o meu corpo e aproximam-me mais do teu… uma das tuas mãos sobe-me as costas, desliza sobre a minha camisa de cetim, contorna-me a silhueta e pára junto à minha anca… os teus lábios que outrora beijavam os meus, agora contornam os traços do meu rosto… começas a desliza-los sobre o meu pescoço, passo os meus dedos por entre o teu cabelo atrás e com jeito puxo-os… sinto a pele do meu corpo a arrepiar-se, vinco as minhas unhas nas tuas costas e puxo-te mais para mim.
Olhamo-nos, olhos nos olhos… encostas o teu rosto junto ao meu, assim… assim tranquilamente como quem acaricia algo tão singelo… encostamos tanto como descolamos os nossos lábios um do outro, como quem quer e deseja sentir mas teme por tal. Como quem hesita por tal momento mas mesmo assim deseja-o.
Baixo o rosto… penso que talvez ainda não seja e… e sinto a manta deslizar-me um pouco pelo ombro fora… agora a alça da camisa e… sustento a respiração… respiro fundo enquanto sinto o calor dos teus lábios sobre o meu ombro… a tua língua húmida a percorrer-me a pele como se de um único caminho se tratasse até aos meus lábios… e, desta vez, não hesitamos, mas sim deixamo-nos levar.
Agora, quem dança ao som do raiar do dia e romper da noite são as nossas línguas, juntas, húmidas, quentes… quentes sentem o fervor do desejo, da culminação das nossas almas, dos nossos corpos a completarem-se, a sentirem-se.
Abraço-te.
Abraças-me.
Abraçamo-nos, enquanto a lua, ainda no alto céu, nos deleita as formas do corpo e os primeiros raios do sol nos aquecem a alma…

sábado, 27 de março de 2010

Dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite…

Ele – Não te mexas…
Eu – Porquê?
- Deixa-me guardar esta imagem…
- Qual imagem?
- A do meu reflexo nos teus olhos…enquanto sinto vontade de te beijar.
- Sabes que não podes.
- Sim, sei… as regras impedem-me de te beijar, mas não de te desejar.
- …
- Desculpa.
- Não tens culpa, acontece.
- Tenho pois, desde o primeiro dia em que fiquei a ver-te da esplanada, a forma como sorrias, como falavas dos reflexos dos óculos e ninguém te entendia… como ficavas ali, sentada do outro lado do porto a ver os barcos a atracarem, ou a escrever, ou a ler, desenhar… desejei ser eu ali, com a cabeça deitada sobre o teu colo em vez dos teus livros, desejei que olhos teus lessem quer o meu olhar quer os meus lábios em vez das meras palavras escritas nos teus livros… desejei que os traços que desenhavas fossem os do meu rosto com os teus dedos… desejei ser a brisa que te elevava os caracóis… os raios do sol que te acariciavam o rosto… o echarpe, o qual te cobria os ombros…
- Porque nunca te aproximaste?
- …
- Porque ias embora sempre no momento em que mais idolatrava no dia?
- Porque tu só me consegues ver com clareza quando ainda é dia…
- E só te sinto à noite…
- Sim…
- Mas mesmo assim, …, mesmo assim não te posso tocar, apenas ver-te, apenas sentir-te… e ainda assim só uma de cada vez, só uma em cada espaço de tempo.
- Eu sei…
- E não entendo o porquê das regras serem ditadas assim.
- Porque no dia em que nossos lábios se entrelaçarem eu…
- Tu desapareces para sempre.
- …
- …
- Não fui eu que as ditei e às vezes…
- Às vezes apetece-te quebrar tudo (?)
- Sim…
- Mas apenas por um momento?
- Achas que não vale a pena sentir-te? Poder abraçar-te enquanto me abraças, poder sussurrar-te enquanto te beijo o quão culminava minh’alma junto à tua por esta oportunidade.
- Achas que vale a pena perderes tudo por um momento?
- Achas que não?
- E se…
- E se…?
- E se arriscássemos ao nascer do dia?
- Quando o dia ainda é noite e ao mesmo tempo dia?
- Sim.
- Hoje?
- Sim, ao nascer do dia…
- Onde?
- À beira-mar… dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite…

quinta-feira, 25 de março de 2010

can you hear me?

...can you hear me...
Não, não sei se pertence a alguma musica, simplesmente, acordei com esta frase na cabeça e deu-me para cantar... já dizia vavô Manel Jaquim: "Quem canta seus males espanta." será?
E tu, can you hear me?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Perfeita imperfeição de mistura unificada...

Ele -Estás ai?
Eu -Estou... claro que estou. Só que quando começo a ler algo é como se não tivesse com a alma no corpo, mas sim no que estou a ler.
Ela, simplesmente, esvazia-se nas palavras que em olhos meus passam a ser lidas, é como se nem de bússola precisasse mais para se guiar, como as palavras, aquelas palavras que são escritas também com alma, encontrassem agora o rumo certo, é como se essas palavras fossem as baias direccionais de corrumes incógnitos causados pelo tempo que outrora nem destino possuía.
Palavras que bailam em desassossego de um sossego completamente quase mutilado de perfeita imperfeição, numa mistura de sentimentos oposto que designam o que os une, o que os unifica num só gesto, numa só frase, num só momento, numa só tempo!
Como se o amanhã quase acabasse por chegar do ontem que agora é hoje e esse mesmo hoje que já não é mais um presente, mas sim um passado quase futuro.
Aquele tempo que é uma perfeita imperfeição de misturas contrarias ao que sonham ser sendo-o.
Aquela mistura de palavras que soam com as notas que acabam de acabar por soar nesse mesmo tempo, nesse mesmo momento, nessa mesma frase, nesse mesmo gesto…
Que se esgotem como o ar que enche e esvazia os pulmões mas que não tarda por repetir o mesmo percurso quase como uma rota, uma perfeita rotina que já de ser sempre a mesma fazemo-lo inconscientemente conscientes de que é isso que precisamos de continuar a fazer, mesmo que seja conscientemente inconscientes, e é isso que ninguém nos ensina a fazer porque nascemos a saber fazê-lo, tal como ver, sentir… Quantas são as coisas que ninguém nos ensina, mas que nascemos já sabendo-as, que viram rotina e acabamos por não as sentir mesmo sentindo-as, mesmo fazendo-as, mesmo, assim… vivendo-as e quase reaprendendo-as sendo ensinados por este Ninguém que chamamos: Vida (?)


Escrito ao som de: Explosions in the sky - Memorial [ http://www.youtube.com/watch?v=mJapaqTRXb8&feature=related ]

Olhar cristalino...

Olhar cristalino…
Minha fonte de inspiração
Que a cada momento…
Preenche-me o coração.

Teu corpo um dia
Anseio abraçar…
Nossas almas por um ápice
Desejo mutuar…
Enquanto num instante
Teus lábios beijar
E, na mais profunda escuridão
Ser iluminada pelo teu olhar.

Quero…
Na mais pálida noite
Em teus braços permanecer…
No mais reluzente dia
Em teus braços esquecer
Que um dia longe de ti
Clamei em vão aos céus
O desejo de te ter.

Desejo este que, ate agora,
Me foi proibido de alcançar
Por a distância existir
A nos separar…

Invoco anjos,
E em plena noite cantos
De estrelas resplandecentes
Que me demonstram
E me vêm cantar à alma
Que tu ainda permaneces impetuoso
Aguardando o dia deste desejo ardente
Que me faz suspirar a cada momento
Pelo futuro próximo,
Mas ainda longe do presente.



(Escrito à dois anos)

Ouvi dizer que hoje...

Ouvi dizer que hoje virias ter comigo.
Que ficarias a meu lado até adormecer
E que adormeceria…
No teu peito sentindo o teu calor…
Sentir que estás perto,
Que me tocas mesmo sem eu saber.
Poder tocar-te, agarrar-te, ter-te
E nunca mais perder-te.
Sentir o teu cheiro a envolver-me,
O calor da tua respiração…
Sentir-te, é o que mais quero.
Sentir essa invasão
A preencher meu pobre coração.
Olhar-te nos olhos
E saber que és real
Que este amor é mais que fatal
E apesar de passar
A vida a sonhar contigo…
Saber que, afinal, és mais que uma ilusão…



(Escrito à 3 anos e tal atrás)

Porque me apetece.


Ele – Han?! Porque vais tirar foto agora a isto?!
Eu – Porque me apetece e, na minha opinião, já é uma boa razão.

Amarelo


Zé - Wey, onde está a minha miúda?
Eu - Queres que dispa a blusa de cima e fique só com a de baixo?
- Não, – puxas-me pela anca – as cores ficam-te bem… e isto significa que ouviste a minha pergunta de ontem.
- Se haveria algum dia em que não vestiria preto?
- Sim… sem contar com as sapatilhas que, na maioria das vezes, contêm a cor amarela, mesmo que o preto seja a cor que as domina mais.
- Ao menos há outra cor… - sorris para mim.

Foco-te

Foco-te e volto a focar-te uma e outra e outra vez mais.
Primeiro o corpo, o teu corpo num todo,
Depois os teus olhos, a menina dos teus olhos, o meu reflexo neles,
Em seguida os teus lábios e, por fim, no entrelaçar destes com os meus, foco-te a alma.
A alma não num simples querer, mas sim num querer por desejo.
Foco-te e volto a focar-te, desta vez junto a mim, corpo com corpo, pele na pele, sem armas, sem escudos, sem máscara.
Alma com alma assim… assim em uníssono entre dois corações como se de um apenas se tratasse, como se o mesmo sangue bombeassem.
Assim, assim no mesmo toque, no mesmo sussurrar de que a vida pode ser diferente, ainda assim diferente, ainda mais sentida…
Foco-te enquanto foco-me no reflexo do teu olhar sobre o meu…

C. e Snow (II)

C. e Snow

Snow – Há quanto tempo adormeces assim?
Eu – Assim como?
- Com dores de cabeça…
- Há mais de um mês.
- Achas isto normal?
- Define normal.
- Porque raio achas que adormeces assim?
- Sei lá… porque penso de mais? (risos)
- Também, mas talvez também pensas em coisas que não devias.
- Tais como…?
- Em coisas que não valem a pena o nosso pensamento. Tu sabes quais.
- …
- Ouve, há coisas que não valem a pena. Há coisas que temos que desligar de uma só vez. Deixar ir… simplesmente, ir. Aprender com o que se passou e deixar ir, em vez de deixar que te magoem…
- …
- Mas tu não te lembras do que lhe disseste há pouco?
-…
- Sim! Disseste-lhe que aquilo era triste, ele não ligou meia, disseste-lhe que há coisas que só dependem de nós próprios. Oh pequenota, tu ouve-te. O que te digo não é nada de novo, não é nada que tu não saibas.
- …
- Tens que erguer esta cabeça e marcar a tua presença aqui! Tens que reagir e desligar-te das coisas que te magoa. Não deixes que os outros te façam pensar que és negra por dentro, porque não o és! Ouviste-me?!
- Ouvi…
- Com ouvidos de ouvir mesmo ou como é que foi? Hem?
- Com ouvidos de ouvir mesmo. (risos)
- VÊS?! Ficas melhor a sorrir, muitooooo melhor. Vá, agora não faças essa cara triste outra vez. Se te apetecer chorar estou aqui, tens o meu ombro amigo.
- Um grande ombro, não?
- Muito. Tal como as coisas que existem neste mundo e dentro de ti. Também são vastas e fortes, tens que acreditar.
- E são fofinhas como tu?
- Ehhhh, são menos que eu. Tu sabes que eu sou super fofinho. Já viste o meu pêlo? Já? Não é tão fofinho?
- É sim.
- Por falar nisto, tenho que ir visitar o P.
- Isto quer dizer que vais embora?
- Não. Nada disto, tenho que ir visitá-lo, preciso também que ele me arranje o pêlo. Sabes, ele tem umas mãos jeitosaaaaas.
- …Sim?
- Sim! Como é que achas que tenho um pêlo assim tão bem cuidado? É graças a ele. Só a paciência que aquele puto tem, nem imaginas. Gosto mesmo é de meter-me com ele, isto é que dá gosto a um urso como eu.
- Coitado.
- Coitado?! Coitado de mim, quando sou eu que tenho que lavar a loiça.
- Oh, mas se comes, também tens que limpar e, na minha opinião, é bom dividir o trabalho.
- Oh, mas eu bem que podia só enxugar e arrumar a louça. Aquilo basta um bafo meu e a louça fica toda seca rapidamente! É que é mesmo num instante!
- Oh, mas era o mesmo que nada depois… (interrompe-me ele)
- Também vais dizer que não vale a pena enxugar-lha assim?!
- Sim, não vês que a louça assim fica… (interrompe-me ele outra vez)
- Com um bafo a peixe de morrer, não é?! Já sei… é o que o P diz também.
- Oh, mas lavar a louça não é assim tão mau.
- Para ti não que não tens que molhar as patinhas. E além disto, aquele detergente da louça dá-me cabo do pêlo.
- Deixa lá, que cá em casa lavo eu.
- E queres que a enxugue?
- Não, deixa estar, como lavo com a água quentinha já me facilita o trabalho, mas sempre podes arrumar.
- Então está combinado, eu arrumo. Depois podemos ver um filme?
- Claro. Qual é que te apetece ver?
- “The Time Traveler's Wife”, pode ser?
- Sim, óptima escolha. Fazes as pipocas enquanto lavo e enxugo a louça?
- É para já. E se ligar ao P para ele vir ver connosco? Assim trazia o Flokinho também. Vais ver que vais gostar do Flokinho. Ai que aquele pequenote quando crescer vai ser uma estrela como eu no filme, ora se vai!

terça-feira, 23 de março de 2010

Olhei, segurei e abri-o

Olhei para o meu lado e lá encontrava-se o livro a espreitar-me da mala…

Segurei-lhe nas mãos, abri-o numa página qualquer e li a primeira frase…



“- A ele também fazes falta.”



(Livro: Os Cadernos de Dom Rigoberto, de Mário Vargas Llosa, pág. 139)



A quem faço eu falta? Ah, não, aquilo não era para mim, certamente, era de e para alguma personagem do livro :)

E se...

E se me pudesses perguntar algo, o que perguntarias?


http://www.formspring.me/czinom

Como se responde (?)

(há um mês atrás…)

Ela – Porque é que usas sempre essa cor?
Eu - …





Como se responde algo a uma criança de 8/9 anos, se nem a nós próprios conseguimos responder?

segunda-feira, 22 de março de 2010

C. e Snow


Eu sabia!
Eu sabia, sempre tive um jeito para o desenho, entao com a ajuda do Snow :D
Ficou lindooooo
(no desenho: eu e o Snow)

Pergunto-me

Pergunto-me…

Pergunto-me pela essência dos teus lábios

Pergunto-me qual o sabor dos teus beijos

Pergunto-me o quão serão quentes e macios os teus lábios

Se algum dia, as nossas línguas juntas dançaram num terno embalar de sentimentos

Pergunto-me se tu existes mesmo ou se és uma ilusão que desejo alcançar

Pergunto-me quantas serão as vezes em que em ti vou pensar e desejar não pensar, não me sentir baralhada, não sentir medo de te desejar… de te sentir.

Pergunto-me se tu, sim tu, se tu por momentos me podes abraçar… assim… junto ao teu peito, segurar-me firme nos teus braços e fazer-me sentir que tudo isto, simplesmente, acabou de começar.

domingo, 21 de março de 2010

Agora sim...

Agora sim...


Boa noite :)

... simplesmente vontade...

Eu – Shuh… e se hoje for diferente?
Ele – Diferente como?
- não sei… hoje sinto simplesmente vontade...
- de…?
- vontade de te beijar… vontade de sentir os teus lábios, o calor destes nos meus… de me sentar no teu colo, de frente para ti e ficar a olhar-te… nos teus olhos, de mergulhar neles, na imensidão do que sentimos um pelo outro… tenho vontade de sentir o teu toque, de ser abraçada, assim… num forte e longo abraço…
- eu não sei o que dizer…
- não precisamos falar com palavras… falaremos com gestos, com o toque dos nossos corpos juntos, humedecidos pelo calor das sensações… das nossas sensações…
- eu…
- não digas nada… deixa-me apenas sentir-te… ouve… isto não faz de mim uma mulher carente, faz de mim uma mulher com desejo… desejo de te sentir… desejo de te fazer sentir…
- eu sei (acaricias-me o rosto) não te estou a criticar pelo que dizes, aliás nem te estou a criticar… apenas a absorver-te… a ouvir-te e… não sei, se te estou a olhar assim, é só porque não sei o que te dizer… eu não…
- shuh… e se hoje colocasses uma musica? Uma musica suave… e a ela juntássemos o som dos nossos corpos enquanto se embalam numa dança descrita pelo amor? Com o palpitar em uníssono dos nossos corações acelerados?
-… (sorris e abraças-me)
-(sussurro-te) Enquanto te faço sentir a minha pele… em plena cumplicidade com a tua… a fazer-te sentir que nela há desejo… desejo de suavidade… de violência de paixão… de amor… abraça-me mais forte… faz amor comigo… com a cumplicidade da primeira vez e o fervor e paixão como se fosse a última…

conclusão ou fim da geraçao da mesma (?)

Hoje só dei por mim depois de ja lhe ter feito a pergunta:

-Porque é que és tão vazio?


e, claro, após a mesma, pedi-lhe desculpa. sim talvez tenha sido um pouco rude ou talvez directa de mais... ou terei sido apenas eu (?)


agora, agora dou comigo a pensar, a chegar a conclusoes às quais ja tinha chegado e mesmo assim continuado na mesma plataforma...
nao é ele que é vazio... talvez seja eu a vazia... ou, simplesmente, talvez ele ajude-me a sentir assim... vazia...


e eu aqui continuo, vazia, mas firme :)

sábado, 20 de março de 2010

P.


Dedicada ao P.

C de ...

C.
C de céu
C de calor
C de constante
C de contente
C de conquista
C de coberto
C de cúmplice
C de caliente
C de chocolate
C de cinzento
C de castanho
C de cores
C de cansaço
C de camelo
C de cão
C de capricho
C de corpo
C de cama
C de caramelo
C de criação
C de compaixão
C de continuar
C de campeão
C de canto
C de Caixinha*
C de coração
C de cristal
C de copo
C de copiar
C de casa
C de carta
C de carinho
C de crepes
C de culpa
C de castelo
C de cavalo
C de cavaleiro
C de cara
C de cd
C de comboio
C de computador
C de carro
C de corsa*
C de completa
C de cumprir
C de caneta
C de cassete
C de camarão
C de carangueiro
C de carneiro
C de capricórnio
C de cabeça
C de cérebro
C de cabelo
C de comida
C de coelho
C de correr
C de cozinhar
C de comunicar
C de capitania
C de capitão
C de camarada
C de colar
C de carnaval
C de contacto
C de claro
C de casulo
C de…

sexta-feira, 19 de março de 2010

Hoje, sem duvida, que o dia falou por si.

Agora sim, pondo as brincadeiras de parte e os alugueres…

O dia, acho que hoje, falou por si.
E não esquecer, hoje é dia do Pai. Obrigada Papá por tudo* :)

Tive, finalmente, a oportunidade esta semana de ir ver de perto, ou quase, quase muito pertinho, o veleiro Stavros S. Niarchos, que atracou no passado dia 17 no porto de Ponta Delgada.
Como qualquer veleiro, causou-me desejo de o explorar, de conhecer todos os cantos, de saber mais e mais deste. Como é óbvio, não me foi possível, mas, mesmo assim, a minha paixão por barcos, veleiros, barcas e por ai fora mantém-se.
Segundo o Jornal Diário, este veleiro “foi construído nos estaleiros de Devon, no Reino Unido, e é um brigue de dois mastros, com 493 toneladas e 60 metros de comprimento, tomando como modelo um veleiro do século XVIII.”.

Posto isto, no caminho para o carro apanhei uma molha, mas depois a chuva abrandou o que originou uma forte brisa, mas não no ponto de causar transtorno, pelo contrário, era uma brisa fresca, que elevava-me os caracóis, o que fazia com que estes me deixassem o rosto descoberto. Fiz o resto do caminho acompanhada pela brisa fresca, pelo céu azul a espreitar e pelo Snow.
Hoje fiz o almoço, o que não me custou nada. Cozinhar para mim nunca foi transtorno, pois anima-me e, modesta à parte, os meus cozinhados até que sabem bem, principalmente, as sandes de manteiga e queijo, ficam cá uma delícia. Vá… brinco, eu gosto de cozinhar, faz-me bem e acho que o empenho que dou de mim enquanto cozinho é o que torna o tal sabor especial. Mas, por norma, cozinhar com alguém ao meu lado que está sempre no “Blá blá blá… porque não fazes assim?... já meteste isto?... não é assim que faço! Blá bla blá…”… ok… eu faço à minha maneira, gosto de inovar, de experimentar, de arriscar a cozinhar uma receita que vejo na TV, num livro e dar-lhe um toque meu. Gosto de cheirar o aroma dos ingredientes, de provar coisas novas, novos sabores… simplesmente, gosto.
O que me fascinou hoje foram os meus caracóis, estavam tão únicos, tão lindos, fofinhos e macios. Tão meus…

Aproveitei e fui buscar o livro “Os Cadernos de Dom Rigoberto”, de Mario Vargas Llosa, da 7ªserie da Biblioteca Sábado, que não tinha ‘apanhado’ de início. Mas cá já conta :)
Hoje fartei-me de fazer tranças nas miúdas lá do lar e fiz uma estreitinha em mim também, nem tudo caracóis. Bem que tentei fazer uma no Snow, mas ele não quis, mas consegui fazer-lhe um totó pequenino, mas ele é enorme, quase que nem se notou, mas rimo-nos com isto.

No espacinho de tempo que ocorreu a meio do work, fui tirar umas fotos e, confesso, que me fez bem…

Fui ao blog “Quando se fecha uma Porta algures abre-se uma Janela.” e não esperava que o Sr. Jorge realizasse um post chamado “Ponto de Encontro.” e que nele colocasse o comentário que lhe fiz ao agradecer-lhe por ter ajudado no tal “Ponto de Encontro” entre a minha mãe e as suas amigas gémeas Clara e Madalena. Fiquei surpreendida e contente também.
E… também fui ao blog do P. e não estava à espera do post de hoje. Acho que hoje quem ficou sem jeito fui eu, sem jeito e sem palavras.
Ver as minhas palavras postadas num outro blog, mais a mais no do P., é que nem o Snow me contou nada. Mas gostei, Obrigada P. a* e a ti Snow, pelo dia :)
Dois pedaços d’alma reluzentes, muito reluzentes e mágicos.


Hoje, sem duvida, que o dia falou por si.

(Fotos by C. Moniz)

Aluga-se caracóis…

quinta-feira, 18 de março de 2010

Despertas-me...

Despertas-me...
Despertas-me vontade… uma simples vontade de me enroscar nos teus braços e deixar-me ficar…

Ficar a sentir-te
Ficar a ouvir… a ouvir-te a ti e só a ti… a tua respiração… ao palpitar do teu coração.

De olhos vendados…
De alma aberta…

Desperta-me
Desperta-me ainda no hoje…

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ela


Ela…
Ela pousou e voltou a levantar voo… voltou a pousar e a levantar…
Tentei aproximar-me em silêncio, tentei segurar-lhe, mas nem ela nem o vento permitiram…
E do nada ela desapareceu…
Voltei eu à conversa que tinha parado para poder tentar segurar-lhe.
Passaram-se vários minutos e dei com ela pousada no meio do caminho.
Temi, não queria que um carro lhe passe por cima…
Passou um carro… dois… mas mesmo assim por ela não.
Voltei a aproximar-me devagar e segurei-lhe.
Trouxe-a para casa e pousei sobre a flor do vaso que me foi dado…
E, ainda hoje, ela lá está…
Perfeita como se tornou, perfeita como ela própria o é…

Desvaneio...




...Preciso que voltes...Preciso que corras tão depressa como o bater do meu coração quando em teus braços me aconchegas como se fosse a primeira vez...




[...Suspiro...]

sábado, 6 de março de 2010

Desafio #1

Desafio colocado pelo Saga.

Questão 1: Tens medo de quê?
Do amanhã? Ou de voltar a ouvir? Mas também depende do que irei ouvir e ou de quem…

Questão 2: Tens algum guilty pleasure?
Acho que não.

Questão 3: Farias alguma loucura por amor/amizade?
Talvez, mas neste caso ia depender da “intensidade/valor” do sentimento.

Questão 4: Qual o teu maior sonho?
Acho que qualquer um deles está no mesmo grau de “altura”, pois estes são sonhados sempre quando estou acordada…

Questão 5: Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo?
Depende, mas na maioria das vezes isolo-me.

Questão 6: Entre uma pessoa extrovertida e uma introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Mista, pode ser?

Questão 7: Sentes-te bem na vida, ou há insatisfação além do desejável?
Que vida? A minha? A que finjo ser minha? Ou a que os outros querem que seja minha? Ok, vai… ‘bastante de muita’ insatisfação, mas isto depende do dia e do temperamento do mesmo… e de mais algumas coisas.

Questão 8: Consideras-te mais crítica ou ponderada?

Mista, pode ser again?

Questão 9: Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente...? Define-te, de uma forma geral.
Todos nós somos um pouco das três, mas pronto… Depende, novamente, do dia, mas, por vezes, chego a ser um q.b. a mais de paciente com certas coisas/ pessoas.

Questão 10: Consegues desejar mal a alguém e, normalmente, concretizar? Sê sincero.
Desejar, sim, consigo, qualquer um consegue, mesmo que seja ‘inconscientemente/ espontaneamente ’, mas concretizar, nop.

Questão 11: Contens-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)?
Nop. (Ainda hoje soltei uma gargalhada no meio do passeio :X coff… coff )

Questão 12: Qual o teu lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Se fosse há uns anos atrás, dizia teimosia, agora, cada vez mais, vinca-se uma mistura de ambos.

Questão 13: Casamentos homossexuais e direito à adopção?
Sim e talvez…

Questão 14: O que te faz continuar o blogue?
Talvez por ser uma fuga das minhas palavras ou um mundo para elas (?)

Questão 15: O número de visitas e comentários influencia o teu blogue?
Nem por isso. Isto nota-se pelo número de comentários e de postes.

Questão 16: Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria?
A mesma (?) Acho que não mudava nada, simplesmente, a forma como está e se está é porque tem/ existe razão para tal.
Mas, concordo com o Saga quando este diz: “Porém, talvez fosse engraçado se as pessoas se tentassem conhecer para além do que lêem nos blogues e que os bloguistas não seguissem ou comentassem outros blogues apenas porque sim ou para obter seguidores também.”

Questão 17: Devia haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Sim. Talvez encontros, nem que fossem anuais, talvez a criação de um dia em concreto do “Bloguista (s)”, talvez este fosse o ponto de partida para algo mais. Apesar de não fazer ideia se este dia já existe ou não…

Questão 18: Sabes brincar contigo e rir com quem brinca contigo? Sem ironias.
Sim, sei, sem dúvida.

Questão 19: Quais são os teus maiores defeitos?
Txey… tantos… quase de davam para mais postes dos que os que já aqui tenho no blog… Brinco, a maioria deles são psicológicos e os que não são, são relativos :D Talvez teimosa, fria, distante em certos aspectos, a minha estupidez de continuar mesmo quando me dói, masoquismo, criar defeitos em mim onde eles nem existem… e por ai… apesar de ter vezes que alguns deles qualifico como virtudes. Talvez daquelas virtudes meio defeituosas, ou com alguns defeitos :P

Questão 20: Em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Há quem diga que sou mais madura do que a minha própria idade, (continuo a achar que isto da idade é quase sempre se não é sempre psicológica e se não for é de certo relativa); responsável; a escrita; musica; desenho; fotografia; o meu cabelo :X ; a minha forma de animar as pessoas quando estão em baixo mesmo estando eu também assim; a minha banalidade de acreditar que vale a pena quando os outros já desistiram; o meu optimismo quando tudo à minha volta se tornou pessimismo; o facto de quando nervosa estou desatar a rir e fazer rir quem mais nervoso está comigo; a minha outra banalidade de conseguir deixar alguém sem palavras; a minha criatividade quando já tudo se esgotou em cansaço; a minha outra banalidade de mesmo ao longe já conseguir distinguir quais são os barcos que se encontram em alto mar e ou no porto; a minha adrenalina debaixo de agua armada em peixa :D ; a minha paciência; a minha ironia/sarcasmo; a chuva, orgulho-me de me orgulhar de adorar andar à chuva e observar reflexos em tudo o que os possa possuir; o meu olhar; e muitos mais…

Questão 21: Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Tss… Talvez o telemóvel… e em segundo a televisão… ou talvez não…

Questão 22: Elogias ou guardas para ti?
Elogio.

Questão 23: Tens humildade suficiente para te desculpar, sem ser indirectamente?
Tenho.

Questão 24: Consideras-te, de grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Sensível, às vezes até de mais.

Questão 25: Perdoas com facilidade?
Depende. Mas isto é como aquela história do Joãozinho e os pregos. Que consiste em:
O miúdo portava-se normalmente mal, então o profe decidiu dar-lhe um martelo, alguns prego e uma tábua para que este pregasse um prego como símbolo dos dias que ele se ia portando mal.
2ªf o Joãozinho portou-se mal, 3ªf de igual modo, na 4ªf a mesma coisa, na 5ªf também, e lá ia pregando os pregos consoante os dias anteriores… 6ªf o Joãozinho portou-se bem… no sábado e no domingo também e por ai fora, até que o profe decidiu dizer-lhe que derivado ao seu comportamento nas ultimas semanas ele podia retirar os pregos da tábua.
E lá foi ele todo contente retirá-los, ao que o profe lhe captou a atenção quando lhe disse que reparasse na tábua.
Esta encontrava-se agora sem os pregos, mas com os respectivos buracos feitos anteriormente pelos ditos pregos agora retirados.
Com isto o profe quis dizer-lhe que, apesar de pedirmos desculpas pelo que fazemos e ou perdoarmos tais momentos, estes ficam para sempre gravados, como os buracos na tábua deixados pelos pregos noutrora…
E… é mais ou menos isto que quero dizer com o meu “Depende”.


Questão 26: Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
Hmm… Talvez o de vir a tirar o curso errado futuramente… Nem sei ao certo.





Passo o mesmo desafio à Arguinha.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Meu pedaço d’alma reluzente…

E se hoje te deixasses de barreiras e me aquecesses com o calor das tuas asas mesmo sem as possuíres?





Meu pedaço d’alma reluzente…

Um Banco...


Às vezes fico retida no meu pensamento onde tu permaneces...Recordo-me dos nossos momentos...

(…)
Sinto a tua falta...
(…)
Para ti posso ter sido, ser ou vir a ser apenas um banco onde te sentas porque te sentes cansado da caminhada e nele precisas de restabelecer força...Mas, para mim, tu sempre serás a minha constelação...O meu primeiro amor a quem jamais disse, mas sempre senti no interior de minh'alma esta grita o quanto gosto de ti.






Hoje fui até ao meu antigo blog e deparei-me com um poema que tinha escrito já há dois anos e tal.
Aqui… aqui está parte dele, ou pequenas partes.

Banal é ver as pessoas entrarem nas nossas vidas e irem-se sem se despedir, mas também de que serve despedir-nos de algo ou alguém? Ninguém é de ninguém. Todos nascemos para o mundo, para aquela grande esfera que aos poucos tanto construímos como destruímos, como destroem, como… enfim.

Acho que por mais que me tivesse despedido de ti, jamais me despediria das recordações que juntos criamos.
Foste o meu maior musa e tal como há dois anos atrás, hoje se contigo me deparo na rua, estagna-se algo em mim. Algo que nem eu sei explicar.

O quão és belo, o quão me fazes estremecer por dentro só pela tua presença estar no mesmo espaço que a minha… A tua voz… O teu olhar… O teu jeito… TU, simplesmente, TU.

Acordar após uma noite de sono onde contigo sonhei…
Olhar um certo actor e continuar a achar ele parecido contigo quando todos dizem que não…
Reler o que para ti escrevi…
As nossas conversas ou melhor, “divagos amorosos” como lhes chamavas tu…
Recordar as madrugadas que para mim cantavas…

A Vida é feita de recordações…

TU… TU és uma delas na minha caixinha de recordações que guardo num cantinho da minha vasta alma.



E como ela é vasta…

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sem titulo # 2

(Tenta ler ao som da musica... enquanto esta acompanha cada palavra, cada sentimento colocado em cada frase...)

- Porquê?! Hem?! Que te passa pela cabeça? Diz-me! – Questionas-me enquanto agarras-me nos braços e tentas olhar-me nos olhos.
- Deixa-me! - Tusso mais forte. – Deixa-me…
Abraças-me subitamente enquanto tremo cada vez mais.
Apesar do frio da maré, das roupas encharcadas, sinto o calor do teu corpo junto ao meu.
- Que te passou pela cabeça para tentares fazer isso?
Nem me atrevo a responder-te.
- Olha para mim… fala comigo. Porque sufocas isto tudo dentro de ti?
- Zé… - Desato a chorar. – Deixa-me, por favor, deixa-me. – Soluço.
- Nunca, sabes bem que nunca te deixarei, muito menos agora. Aqui, enquanto permaneces em pleno descontrolo.
- Eu não suporto isto! Eu…
- Vem. – Pegas-me ao colo. – Vamos para casa.





Não me recordo de quanto tempo levamos até chegarmos a casa. Acordo, já de camisa de noite sobre a cama do nosso quarto, sobre a nossa cama.
Vejo-te ali, ali junto à janela a observar para lá dos vidros, com um ar pensativo.
Levanto-me sem fazer barulho e abraço-te. Seguras-me firme junto a ti, o que faz com que ouça o palpitar do teu coração a acelerar quase em uníssono com o meu.
- Desculpa-me. Eu sei que… que o que fiz não foi correcto, mas…
- Não há “mas…” nem meio “mas…”. Simplesmente, não foi correcto e pronto. E não, não te vou julgar, nem massacrar por tal coisa. Apenas peço-te: não me deixes, não cometas tal erro outra vez.
Baixo o rosto.
- Não sabes o quão foi sufocante ver-te ali em alto mar, inconsciente, no meio daquele remexer todo, sem saber como sair do meio dali, daquilo, sem saber como tirar-te dali para voltar a poder abraçar-te, ter-te como te tenho aqui, agora, comigo, junto a mim. A sensação de quase inútil, a sensação de que quase te perdi, …, por isso, não, não me deixes, nem tentes fazer tal coisa outra vez.
Abraço-te, abraças-me… abraças-me como se não houvesse um depois, como quem agarra o que mais tema perder.
Sussurro-te:
- Desculpa, meu Amor.
- Não te quero perder. Eu preciso de ti, TU fazes parte de mim. A ideia de te perder, é como perder parte de mim.
As lágrimas correm-nos enquanto os nossos lábios se juntam num logo beijo e culminar de sensações.
E… como são quentes os teus lábios…

Simplesmente, Não.

Escrito a 16-02-10
Duas décadas, uma semana e algumas horas…

Manias e manias e mais manias… que não entendo, que não te sei explicar mas que, mesmo soberbas e banais, faço-as.
Viro-me para a parede, encosto a cabeça à mesma e ali fico a tentar acalmar-me…
NÃO!
Não entendo, NÃO SUPORTO sequer…
A minha cabeça permanece numa revolução, numa mistura…
God…
Sinto uma frieza, uma raiva, uma forte vontade de derrubar tudo, de, simplesmente, bater com a cabeça.
PÁRA! Pára… é tudo o que te peço.
Faz com que isto passe.
Faz com que isto pare…

Não suporto…
Não suporto esta porra, esta banalidade, simplesmente, não.

Não me venham dizer que “Vai correr tudo bem!” “Temos que ter calma!”
Como é que vai correr tudo bem? Como é que alguém consegue continuar a usar mascara nesta altura?
Não me venham dizer que “Não é preciso!”
Não é preciso porquê?!

Fui estúpida? Fui fria de mais ao ser frontal e ter dito que o medico fosse direito com as palavras, que as dissesse?
“Tentativa de suicídio”
Ela, sim, ela, ela simplesmente tento suicidar-se e não, não foi a primeira vez que o vez.
E eu, sim, eu, eu não suporto a ideia, não suporto mais ouvir as mesma ameaças que vai voltar a tentar, que quando menos esperarem vai fazê-lo, que quando estiver sozinha vai…

Oifghewnlaicgu2stxdfgn…. SUFOCO!

A minha cabeça… na minha cabeça a revolução é tão vasta, que…
Apetece-me não gritar, mas sim berrar…
Apetece-me não encostar a cabeça à parede, mas bater…

Apetece-me ir até à beira-mar, sentir o gelo da maré e olhar o céu… ficar ali a ver as nuvens a movimentarem-se suavemente sobre a minha cabeça enquanto o frio da maré vai e vem e torna a ir e a vir enquanto eu… eu simplesmente tento acalmar-me.

Não, não quero que ninguém fale comigo, não quero eu sequer falar com alguém. Só quero esquecer, só quero não pensar, só quero acalmar-me, só quero não ter que usar mascara e dizer que está tudo bem quando não está.

Sinto-me cansada, dói-me a cabeça, tenho o corpo gelado, as veias das mãos no seu soberbo realço, uma das mãos com uma nódoa negra, os olhos rasos e tremo, só não sei se de nervos ou de frio.

Eu não a quero perder.

Ontem… ontem ao vê-la ali, deitada naquela cama do hospital ligada àquelas maquinas com a probabilidade de ter um ataque súbito e puff…
Não sei… puff… senti uma vontade de nem estar ali, mas por outro lado não queria sair dali. Queria olhá-la, vê-la, mas por outro lado, uma parte de mim não queria… uma mistura de sentimentos, sensações, de não sei o quê…
A noite foi vasta, nem consegui dormir direito, acordava, olhava para o relógio e mais parecia que tinham colocado o tempo em modo “lento, muito lento…”, fez-me lembrar a noite em que ela desapareceu e o dia custou tanto a clarear…
Ela teve alta e a rotina voltou, os mesmos comentários tortos e tudo…
No work, houve um momento esta tarde que parei e nem sabia sequer o que estava a fazer… pairou-se no ar um vazio, olhava e olhava à minha volta e nada. Nada… NADA, ali… nada, um vazio, um sei lá, que nome dou a isto?! Que faço?! Que devo fazer?! Que devo dizer ou não dizer?! Como devo reagir perante uma situação destas?!



Suspiro…

Não, não sei se quero respostas, nem sei o que quero… talvez só queira neste momento adormecer rápido sem pensar…

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Porto de Embarcações


Porto de Embarcações.

Acordo com o soar do zumbido da vibração do telemóvel na mesa-de-cabeceira, atendo e:
- Espero por ti junto ao “Porto de Embarcações”…
Desligo a chamada sem pensar, tendo a noção que ainda ouvi a tua respiração do outro lado antes de desligar.
Viro-me para o lado e observo a luz que já brota da janela. Enrosco-me um pouco mais nos lençóis que, apesar do frio matinal, ainda estão quentinhos. Fecho os olhos e, subitamente, levanto-me da cama.
Preparo-me para sair, saco a chave de casa e o mp3, tranco a porta e sigo pelas escadas do prédio. Desço-as e, ao chegar à porta de entrada, reparo que começara a chover há momentos antes. Sem hesitar abro a porta e saio, começando a minha corrida matinal mas recusando-me a ligar o mp3, basta-me o som das gotas que já me embalam e convidam a continuar o percurso… O mesmo percurso de sempre.
Acelero um pouco mais o passo e a chuva parece que me acompanha na velocidade. Sigo pelo jardim, cada vez mais aviando o passo até que paro sem abrandar antes a corrida, inclino-me para a frente para tentar normalizar a respiração e, ao voltar a endireitar-me, sinto o teu respirar junto ao meu ouvido enquanto me sussurras:
- Qualquer sítio onde te encontro é o Nosso Porto de Embarcações…
- Ai sim? Tão, dizes-me lá porquê.
- Mesmo sabendo que já tu o sabes? – Perguntas-me.
Lanço-te um olhar como quem diz que sim e abraçamo-nos enquanto a chuva continua a cair sobre nós.
- Vamos para casa… – sugeres.
- Não antes de comprarmos algo para o pequeno-almoço.
No caminho para casa, paramos na pastelaria do costumo, quando ainda nem sete horas da manhã batem. Compramos uns donuts e seguimos o resto do caminho de mão dada enquanto ainda chove.
Chegamos a casa e o silêncio parece que nos acompanha enquanto nos dirigimos para um banho quentinho.
Acaricias-me o rosto enquanto suavemente te beijo a mão, deixamo-nos levar… quando já não caem as gotas de chuva sobre nós mas sim as do chuveiro. Enquanto estas nos percorrem o corpo contemplamo-nos num entrelaçar de corpos…
Eis mais um Porto de Embarcações, onde as nossas almas se permutuam numa perfeita imperfeição de mistura unificada que cai e cresce sobre e em nós, como se nada mais fizesse sentido para além do que sentíamos quando embarcamos neste nosso porto...
Cada toque, gesto, movimento, cada suspiro intenso parece mais cúmplice do que o anterior e menos que o seguinte e, entregues a nós, entregues um ao outro, acabamos por fazer amor…
Quando parece que a chuva lá fora abranda com o regatear dos minutos, já deitados, tendo sobre nós os lençóis que nos deleitam as nossas formas corporais enquanto nos mantêm aconchegados, longe do chuvisco que outrora nos molhava, agora, observamo-nos enquanto o silêncio ainda paira no ar.
Silêncio que é quebrado, muitas vezes, por um suspiro mais longo e profundo quando olhos nossos se fitam, quando tu tentas alcançar, num só toque, o que sempre escondo depois de fazermos amor.
- Porquê enroscaste dentro de ti quando em mim o podes fazer?
Baixo o olhar enquanto me perguntas.
- Não te sou estranho, não sou ninguém que acabaste de conhecer, muito pelo contrário.
- Eu sei…
- Tão, porque foges de mim depois de fazermos amor?
- Estou aqui, não estou? Logo, não estou a fugir. – Retorquiu-te.
- Sabes que não é a isto que me refiro.
- Que queres que te diga?
- Nada… deixa-me apenas sentir-te, tocar-te sem que tentes esconder-te.
- Mas tu sabes que... – interrompes.
- Que não gostas, sei… Que preferes ficar apenas a trocar olhares em perfeita cumplicidade. – Acaricias-me o rosto – Quero-te tanto…
Desces a mão pelo meu rosto fazendo deslizar em direcção ao meu peito. Passas-me a mão no meio dele e sustento a respiração por momentos… Subitamente agarro na tua mão e suspiro enquanto viro o rosto para o outro lado.
- Olha para mim…
Abano a cabeça enquanto as lágrimas caem-me pelo rosto.
- Que temes tu? Achas que alguma vez te irei deixar por isto?
Finto-te o olhar enquanto te pergunto:
- E se tiver que ser mesmo operada, se tiver que recorrer a uma cirurgia, vais continuar a olhar-me como me olhaste até agora?
- Eu Amo-te! E tal como não hesito em dizê-lo, não vou hesitar em olhar-te como sempre te olhei! Desde a primeira vez que me salvaste, desde a primeira vez que me agarraste em alto mar e levaste-me em teus braços para terra, me reanimaste e me sorriste com os olhos vidrados tal como agora. Olhos que, tal como naquele momento, reflectem-me neles. Não será isto que me fará deixar de te amar. Quantas vezes voltei eu ao mesmo sítio onde me salvaste pela primeira vez na esperança de te voltar a encontrar? Quantas vezes? Achas que foi apenas porque me salvaste? Não! Foi porque foi em teus braços que senti o que nunca tinha sentido antes… Senti-me vivo e foi pelo “pedaço d’alma”, como costumas dizer, – rimo-nos juntos por momentos – …foi pelo “pedaço d’alma” que abdicaste de ti por mim, para me fazeres renascer que voltei lá. E tal como um puzzle precisa de todas as peças para ficar inteiro, eu preciso de ti para ficar completo.
Sorrio para ti e enquanto te abraço sussurro-te:
- Meu pedaço d’alma reluzente – suspiro enquanto te abraço mais forte – complementas-me também.
E como uma perfeita imperfeição de mistura unificada, voltamos a embarcar nos braços um do outro voltando assim a fazer amor, adormecendo após tal momento de entrega.


Do nada um cheiro a café paira no ar. Abro os olhos e:
- Pensei que, talvez, precisássemos de recarregar as forças. – Elucidas-me.
- Então chega mais pertinho de mim… – e ao aproximares beijo-te suavemente – tu é que és o meu alento maior. – Mordo o meu próprio lábio enquanto te sorrio.
- Gosto de te sentir, de te ver assim…
- Assim como? Com ‘fomecas’?
- Bem Amor. Com esse sorriso que upa upa… deixa qualquer um com vontade de…
De sobrancelha meio elevada pergunto-te:
- De…?
- De te morder muarrr – ‘saltas-me’ para o pescoço.
- Tão? Cuidado, ainda entornas isto tudo e olha que o café está quente. – Deixo escapar um sorriso enquanto me encolho.
- Pronto… pronto… estou calmo, ufa... tu… vou-te contar. – Piscas-me o olho.
- Parvo – sorri para ti.
- E agora ela chama-me nomes, boa, amei! Mas, posto isto, diga-me lá a menina: que vai querer primeiro?
- Uma vida eterna para te amar…
Levantas o rosto, olhas para mim e respondes:
- Tão pois que assim seja, que nossas almas se tornem imortais e que mesmo após o último suspiro desses corpos nunca nos falte a brisa para nos voltar a guiar um ao outro. – damos as mãos, entrelaçamos os nossos dedos enquanto assim o declaras.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Esperei...

Esperei...

E enquanto esperava preparava tudo, corria de um lado para o outro, arrumava uma e outra coisa para que tudo ficasse perfeito, mais perfeito do que já o era.
Até que no meio de tanta ânsia o telemóvel tocou, …, aquele som, …, aquela musica de sinal que a chamada era de um amigo…
Corri, agarrei o telemóvel e ao atender só me disserem: “- Desculpa, mas ele não vem porque perdeu o avião…”. Pum! ... Foi como se tudo disparasse ao desligar a chamada.
Tinha preparado tudo com tanto carinho para nada?
Valeu a intenção, talvez… mas não conseguia ficar ali com aquele ambiente todo, apanhei o casaco, saquei as chaves do carro e fui-me.
Enquanto conduzia sentia um sufoco, não sabia para onde ia, mas guiava e guiava, ou talvez fosse guiada para algum lado. Ao deparar-me aonde fui parar reparei que naquele sufoco todo não me tinha guiado para um simples lugar.
Não! Não fui para um simples lugar, não para um sítio qualquer, mas sim para o local onde tudo tinha começado: o nosso lugar…
Sai do carro e nem agarrei no casaco, aquela sensação de sufoco de mais uma noite sem ti fez-me perder por completo o frio, talvez perdesse o frio corporal, mas minh’alma parecia que gelava a cada segundo que passava.
Olhei o mar, …, aquele cheiro a maresia não só me entrava pelas narinas como pelo espírito inquieto que em mim permanecia.
Senti… Senti a brisa a envolver-me e desejei que fosses tu que me envolvesses em teus braços, mas não.
Dali dava para ver o fim da costa do monte e o início da praia, sabia que o tempo ia começar a escurecer, mas dali não arredei pé. Via as ondas a ir e a vir e a ir e a vir… o reflexo dos últimos raios de sol no mar e a costa ainda iluminada…
Fechei os olhos por momentos e senti a brisa a vir como se me levitasse a alma e… Aquela já não era a mesma brisa de quando fechei os olhos, aquele cheiro era diferente… era … era uma mistura não desconhecida e sem hesitar suspirei profundo e as lágrimas caíram-me pelo rosto. Era o teu perfume, virei-me e…
Ali estavas tu. Mãos nas algibeiras com aquele sorriso inimitável, calças de ganga escura e largas, sapatilhas all stars pretas, casaco de capucho e de gorro na cabeça a tapar o teu cabelinho, mas ainda notava-se as pontas saídas deste.
Baixei a cabeça e sorri, levantei-a outra vez e apenas me perguntaste: “- Hmm… será que me dás uma boleia?”
“- Para onde?”, perguntei-te.
“- Hmm… directamente para o conchego do teu coração, que me dizes?”
“- Épá, não sei. Ainda o sinto gelado, não sei se terás muito aconchego neste…”
E ao te aproximares perguntaste: “e se aquece-lo assim…?”
Num ápice agarraste-me pela anca puxaste-me mais para junto de ti e… beijamo-nos… aquele toque humedecido dos nossos lábios juntos, aquele momento prolongado, aquela mutuação de nossas almas, …, sim, fez com que o meu coração voltasse a ficar quente.
Depois olhaste-me nos olhos e com aquele ar de sempre, fazendo-se de despercebido, perguntaste: “- Será que já está mais quentinho?”.
Não tinha palavras, não sabia o que responder, tu sabias muito bem que sim.
Retribui-te o olhar, lancei-te um sorriso e abracei-te enquanto te sussurrava ao ouvido: “Tu és único…”
E ficamos ali abraçados, encostados ao carro no monte a ver os últimos raios de sol a se desvanecerem no horizonte, enquanto suava no ar aquele som do rebentar das ondas e aquela brisa do anoitecer…

sábado, 23 de janeiro de 2010

Pack #1

Soltam-se as notas e a musica preenche o espaço, preenche a sala. Soam e a cada acorde à aquela particularidade de uma parecer mais perfeita que a outra, perfeição esta que torna o cintilar destas colossal.

Encosto-me à janelas e enquanto aprecio a chuva que cai tornando as coisas mais reflectidas tu tocas. Sinto uma frieza inigualável, sensação esquisita e esfrego as mãos nos braços, apesar de mesmo gelada saber que aquela frieza não é corporal.

Continuas a tocar e começas a cantar uma das tuas musicas favoritas, do nada o som que antes agradável ouvia-se agora já não se sente, apenas sinto tuas mãos juntos aos meus braços, ao te encostares a mim perguntas:

- Que tens?

- Nada…

- Estás gelada.

- Isso já passa – sorrio-te – porque não voltas a tocar? Estavas a ir tão bem.

- De que me vale tocar se sei que não estás aqui para me ouvir? Quer dizer o estar estás, mas só em corpo presente, algo passa-se contigo – acaricias-me o rosto – sinto-o…

- Abraças-me?

- Isso nem se pergunta.

- Recebi hoje um telefonema…

- Não me digas que agora tens um admirador secreto via telefone?!

- Não, parvo…

- Que tem?! Podias ter e depois ficavas encantada com a sua voz que te fazia derreter agarrada ao telefone e…

- …e não acabaria de ouvir o telefonema, visto que com tanto derretimento o telefone escorregar-me-ia das mãos, certo?

- Tinhas que estragar tudo, nem sequer comecei a mencionar a baba já estás tu a dar final ao episódio, mesmo mazinha.

- Lá nada, isso achas tu, mas como sempre enganaste.

- Agora passando a coisas serias, …, de quem era o telefonema?

- Do hospital… - encosto-me outra vez à janela como se procura-se o resto das palavras para lá desta.

- Que disseram? Leo? – ao aproximardes de mim, tocas-me no braço – que disseram eles?

- Nada de mais, marcaram só a data para o exame. – lanço-te um sorriso vazio.

- E para quando é?

- Para daqui a uma semana.

- Irei contigo então.

- Não será necessário.

- Porquê? Porque insistes tu em fazer as coisas sozinha? Tu és forte, eu sei disto, não tens que mo provar querendo fazer as coisas sozinha. Eu estou aqui, para algo é. Quando preciso de ti, quando estou em baixo estás comigo, estás do meu lado, porque insistes agora querer estar tu só quando precisas de alguém?

- Tenho medo… - cai-me uma lágrima pelo rosto.

- Eu sei e não é só por isso que estou aqui, é também porque gosto de ti, porque te amo, porque me preocupo contigo.

- Eu sei, mas mesmo assim… mesmo assim há coisas que prefiro fazê-las só.

- Por burrice, não? Eu sei que não devia estar a ser frio contigo, não agora, mas…

- … Mas estás a sê-lo porque queres o meu bem, porque sabes que preciso de ti do meu lado, porque sabes que só estou a ser fria e…

- … forte por fora, porque por dentro estás mal.

- Sim. Sufoco de receio. – passo a mão no peito como se quisesse agarrar algo que me sufocasse.

Aproximaste mais e abraças-me, tornaste a desviar, mas mantendes te agarrado a mim, tocas-me na ponta do nariz enquanto sussurras:

- Amo-te pequenota.

Sorrimo-nos e abraçamo-nos como se o sufoco desaparecesse.

Sentaste no sofá e de costas viradas para ti encosto-me ao teu peito, enquanto tu devagarinho mexes-me no cabelo, suavemente passo a mão pelo teu braço agarrando-te na mão e entrelaçando os meus dedos nos teus, pergunto:

- Irás mesmo comigo?

- Claro que irei.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um Piano Preto...

Como se antes fosse eu a correr num longo corredor com o receio de as forças se quebrarem antes de chegar aquela pequena grande luz que brota de uma porta entre aberta...
E depois de lá chegar parasse e suspirasse não de cansaço, mas sim de alívio.
Toco com as pontas dos dedos na porta e suavemente abro-a, …, olho a sala e parece-me vazia.
Sofás tapados com lençóis brancos, móveis igualmente tapados...
Chego perto daquela pequena luz que agora brota duma cortina quase totalmente fechada e abro-a, dando-me assim luz para a vasta sala que antes parecia vazia, mas, agora, repleta de luz.
Noto, olhando o reflexo dum espelho, que no outro lado da sala há algo não tapado, há algo que não se esconde por de trás duns lençóis brancos: um piano preto...
De repente,
alguém entra pela porta com ar de frustrado, êxito e nem me mexo. Nem em mim repara, …, senta-se no banco do piano e ali na ampla sala ouve-se o seu suspirar...
“Porque suspiras tu…? De alivio? Exaustação? ” questiono-me enquanto ainda lhe observo…
Ouve-se um mero guincho da aba do piano a ser aberta por ele... Guincho que desaparece por meras notas terem sido agora começadas a tocar...
Olho-o sem me impor, ouço o que suas mãos tocam... e como estas transparecem-me serem suaves
As notas são tocadas mais rapidamente, soam à maneira das que na pauta estão.
Som místico ouve-se quando ele pela minha presença .
Suspiro…
A respiração começa a acelerar-se, como se agora este momento fosse o inicial, o de quando ainda corria pelo corredor, mas, subitamente, o som místico faz-se prevalecer e prevalecer, cada vez mais forte, mais perto, mais nítido e, …, do nada, acordo com o despertador a tocar…

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dia 12

Dia 12.
Durante o dia apenas orvalhou um pouco, mas isto no início da noite, mas mesmo assim o dia até foi agradável. O próprio sol lá espreitou um q.b.
Agora, já de noite, é que chove um pouco e o vento sopra forte como ontem.
Maré-alta que ate no muro bate…

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dia 11

Dia 11, chuvinha, por grande parte do dia.
Para muitos um sufoco, para mim um prazer, porque gosto mesmo de andar à chuva, de sentir as gotas e enfim…
E é isto…
Tirando a tarde passada no hospital, sem sequer contar com tal coisa, sem um livro sequer para ler… o aborrecimento, talvez proporcionado pelas dores de cabeça, pela quebra da rotina, pelo passar de pessoas em sofrimento, por encontrar familiares, por sei lá. Cansaço… talvez apenas cansaço… e cansaço acumulado com stresses da semana passada, dos últimos 5 anos, de não sei mais quê… nem de quando… das súbitas vontades de… spah… não importa… foi apenas mais uma gota no meio de tantas outras que tentam transbordar.

Enfim e enfim e enfim…
Às vezes apetece-me… puff… escapulir para… ai? Será?



Respiro… e suspiro…

Dia 10

Dia 10, sol espreitou, mas mesmo assim o vento soprava com alguma força. Pelo que saiba e tenha sentido, não choveu hoje.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Dias 7, 8 e 9

Dia 7, o dia permaneceu quase todo com nuvens negras, só mesmo ao cair da noite é que a chuva caiu também.
Dia 8, chuviscou quase todo o dia e quando tal não acontecia, o nevoeiro caía cobrindo a vista.
Dia 9, solinho de manhã, chuvisco a meio da tarde, sol again e por fim chuva…

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Dia 6

Dia 6
Sol, sol, sol, sol e sol durante todo o dia. Quentinho como se fosse mesmo Junho.
O mais banal? A minha súbita vontade de andar ao sol no lugar de à sombra. Logo eu que, sem sombras de duvidas, prefiro andar à chuva do que ao sol.
Mas hoje não… quis sentir o quente do sol no rosto… talvez, no fundo, quisesse sentir um toque de alguém.
Se gostei do dia?
Sim. Deu para passar pela baixa da cidade, ver os barcos, isto sim, completa-me o dia… e se completa…
Também comprei três peixinhos que já pairam e dão vida de novo ao aquário.
Fascina-me estar debaixo de água, sim, a ver os peixes, eleva-me para outra dimensão. Tal como ficar a observá-los mesmo estando eles num aquário. Acho que, no fundo, o meu signo até faz sentido.
Dia 6, se Junho for realmente como hoje, ui... que o final da escola e os exames também correm assim, bons tal como o dia de hoje.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dia 5

Dia 5…
Isto hoje anda muito vago. Daqueles dias que nem sabemos ao certo como começar algo e ou se começar algo.
Apetece-me escrever, simplesmente, por tópicos e por um ponto final mais rápido.
Choveu, é normal, certo?
Ok…
Suspiro e recomeço: choveu no início da manhã. Mas o tempo manteve-se firme o resto do dia, apesar de, no céu, algumas nuvens negras permanecerem e a aragem fria gelar-nos o corpo.
Depois das nuvens, ou melhor, algumas nuvens, darem folga ao céu deu para ver a costa nítida e o mar a bater-lhe e a voltar em pequenas gostas quase que como cristais.
Que me apeteceu hoje? Enfiar-me na piscina e fazer piscinas durante uma hora, aproveitar os últimos quinze minutos e fazê-las sem respirar. Mergulhar e debaixo de agua fazer piruetas e dar cambalhotas, ir ao fundo e ficar a ver o tecto, debaixo de água, a ver as pessoas a nadar e a ouvir o som mágico das gotas a cair sobre a água.
É tarde, sim, eu sei, mas ainda por aqui ando sem sono algum enquanto ouço o som das ondas a rebentarem talvez num embalar de noite…

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dia 4

Como começou o dia?
Com sol, lá no algo a brilhar, manteve-se toda a manhã o que dificultou um pouco a condução, mas pronto. Nada que não seja ultrapassado. Até a meio da tarde ainda brilhou. Mas subitamente a chuva chegou, fresquinha e forte. Acalmou, mas o vento ainda paira a sobrar a aragem fria, o que proporciona ouvir-se melhor o mar e a forma como as ondas rebentam, algumas com tamanha força que se ouve o som como se estas caíssem de chapa.
Dia 4, mês de Abril… será mesmo assim?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Diálogo #3

- Psst… porque não paras um pouco?
- Sinto-me stressada.
- Reparei, ainda não paraste, limpas isto e aquilo e arrumas aqui e ali e quando paras olhas à volta à procura de algo mais para te ocupares.
- Não, só o fiz porque tinha que fazer.
- Quem é que se mete a lavar a louça já perto da meia-noite?
- Tinha que ficar lavada ou não?
- Não. Que eu sabia, entras depois das 10.
- E? Ia-me levantar muito mais cedo para a lavar?
- Tens que, simplesmente, parar de ligar àquilo que os outros dizem.
- …
- Sabes que é verdade o que digo, tal como sabes que consegues.
- Não estou a dizer nada…
- Achas que não sei porque andas de um lado para o outro a tentar ocupar a cabeça? Achas que não sei que não é apenas stress mas que também te sentes é triste e desmotivada?
- Ok… calma… respira.
- Quando é que vais acreditar que consegues e que não é isto que te limita? Onde anda a miúda que corria e corria e pulava e fazia piscinas sem respirar mesmo quando lhe doía o peito? Hmm? Por onde anda ela? Diz-me que vou lá buscá-la.
- Exacto Zé, doía…
- E, mesmo assim, continuavas, porque sabias que cada vez ia doer menos, que cada vez ia ser mais fácil e, outras vezes, fazias de repisa para contigo própria, porque dizias que não era ele que te comandava, até ao ponto em que foi preciso doer-te ao máximo para pensares que não era ele que te comandava, mas que juntos comandavam um corpo. O teu corpo!
- …
- Olha para mim… olha-me nos olhos e diz que já não acreditas que consegues, diz-me que acreditas naquilo que os outros dizem, diz-me que sentes que não tens resistência para mais.
- Simplesmente, já não tenho a mesma.
- E, no início, quando começaste, tinhas?
- Não. Ok, eu sei que depois acabei por a ter com o passar do tempo.
- Exacto. Tão porque te stressas tanto só porque alguém te diz que não tens resistência e que aquilo que mais queres não é para ti?
- E se tiverem razão? E se não for mesmo para mim?
- À mais de um ano atrás conheci uma miúda. Uma miúda que foi operada, mas que já antes disto era energética…
- Parvo…
- Uma miúda que, mesmo depois de ser operada, continuou a ser energética, ou melhor, acho que até ficou mais energética. Se bem me lembro, tinha duas vezes por semana 90 minutos de educação física, duas vezes por semana uma hora de natação e que ainda se levantava aos domingos de manhã para ir correr mais de uma hora na praia. Ah, para não falar que muitas vezes depois das aulas de educação física e nos tempos livre metia-se ou a jogar basket ou futebol. Sim, também me lembro que lhe doía, mas que, mesmo assim, ela continuava a lutar para que no amanhã houvesse mais resistência.
- O tempo passa e as pessoas mudam.
- Sim, é verdade. Assim como também há gente que se torna cada vez mais casmurra. Quando o fizeres, não estás a fazer pelos outros, quando desistires, não estás a desistir dos outros, mas sim de ti própria.
- Vais-te embora?
- Hoje?
- Sim.
- Não.
- Vais ficar comigo, pelo menos até adormecer?
- Não sei, acho que não mereces.
- Ok…
- VÊS?! Tão, para que foi que andei aqui a falar isto tudo? Hem?
- Ouhts… calma, só acho que tens razão, que talvez não mereça.
- E mesmo assim não pedes para ficar?
- Perguntei-te se ficavas, certo?
- Mas não insistes.
- E tenho?
- Nem sempre, às vezes basta um olhar teu.
- …
- Psst…
- Sim…
- Vou ficar.
- Já percebi que sim.
- Estás a ser fria…
- Não, estou a ser eu própria.
- Ah, pois, sim, claro. Tu própria? Sim, sim… sim… óbvio.
- …
- Uma pena?
- Não… um aconchego de almas?
- Mereces?
- Hmm… mesmo que não mereça, vais embora sem o dar?
- Sabes que não.
- Então posso adormecer nos teus braços?
- Enquanto te sussurro que és teimosa?
- Achas que não sei isto?
- Há tanta coisa que sabes e esqueces que sabes e ou até mesmo fazes que esqueces…
- És-me único, disto não me esqueço.
- És-me… deixa cá vez…
- O teu…
- Pedaço d’alma mais reluzente?
- Sinhe…?
- Sinhe, parvinha.
- Desculpa ser teimosa.
- Acho que deves este pedido de desculpas a ti própria e não a mim.
- …
- Chega cá, anda…
- Aconchego de alma?
- Só se for a noite inteira.
- Toda, toda, toda?
- Até mesmo depois de nos ser dado a dádiva de vermos o dia clarear ainda nos braços um do outro no quentinho dos lençóis.
- Fazes-me feliz…
- E tu a mim… e tu a mim pequenina…





[Boa noite*]

Dia 3

Dia 3, só de manhã é que a chuva abrandou, depois de trovoada, chuva e vento intensos e relâmpagos a entrar até dentro de uma casa.
Manhã quase calma, o sol lá espreitou, mas, mesmo assim, com o vento ainda a soprar forte e o mar a bater no muro, a chuva lá aparecia e desaparecia, mas continuou a dar algum espaço a alguns raios de sol.
À tarde voltou a visitar-nos, mas não tão forte como no decorrer da noite anterior.
Agora, já de noite, chuvisca, lá fora o vento corre frio, pronto a congelar narizinhos e mãos que sem o aconchego das luvas permanecem.
Será que Março será assim ou haverá dias em que a chuva nem passará por perto?

domingo, 3 de janeiro de 2010

Vou… ou melhor, Vamos!



Eu – Vou chegar a casa, cansada do trabalho. Vou fazer um pequeno e simples jantar, abrir uma garrafa de vinho e tomá-lo enquanto preparo e depois janto.
Tu – Sozinha?
Eu – Sim. Depois vou tomar um banho… um banho longo com água quente a deleitar-me o corpo cansado. Após o banho, vou enrolar-me na tolha e depois, de pegar o violão, deixá-la. Vou sentar-me na cama e tocar…
Tu – E neste momento, posso eu tocar-te à campainha?
Eu – Também vais querer tomar um banhinho?
Tu – E depois tocar eu para ti…? Sim.
Eu – Então abrir-te-ei a porta e, enquanto tomares banho, esperarei por ti junto à cama enrolada num lençol de cetim cinzento.
Tu – Depois do banho vou eu pegar o violão e tocar para ti e, em cada acorde, um pouco de mim…
Eu – Fará minh’alma vibrar… e… e ao sentir tal rubrica abraçar-te-ei.
Tu – E, neste momento, beijar-te-ei e…
Eu e Tu – Entregues a nós mesmo e um ao outro faremos amor…
Tu – E após tal momento…
Eu – Adormeceremos nos braços um do outro num mutuar de almas…

sábado, 2 de janeiro de 2010

Caixinha das memórias #1



Da caixinha das memórias retirei de lá uma música que já não ouvia, pode-se dizer, à uns anitos.
Diga-se de passagem que os olhinhos do Tim Akkerman estão no ponto neste vídeo clip, até despertou-me a vontade de desenhá-los, mas… nop, ando a dar folga ao tema desenho :X

Dia 2

Andei para aqui a postar e quase que me esquecia do dia, ou melhor, o tempo que, supostamente, significará o de Fevereiro, não?
Pelo que reparei de manhãzinha o sol lá espreitou, mas a chuva chegou depois para fazer o seu servicinho, mas lá abrandou e à tarde voltou a vir e a ir e a vir e ir, enfim, por enquanto o tempo está calmo.
O mar chegou a bater aqui no muro e os surfistas lá se fizeram às ondas.
Isto fez-me lembrar da vez em que um sujeito ficou com o parapente preso na figueira e na roldana que temos no quintal. Cá para mim ele deve ter pregado uma forte cacetada na parede, que ui, não deve ter doido pouco, não, mas pronto, lá subi ao muro e ajudei-lhe, enquanto ele apenas me dizia: “ohh…ohh…” ok, já tinha entendido que ele não falava português não sou assim tãoooooooooo naba, mas também não estava ali para conversar, apenas para o ajudar.
Banal, banal mesmo foi a minha expressão hoje enquanto conduzia. Reparei num sujeito a fazer jogging pelo passeio, o que me lembrou que também tenho que recomeçar os meus exercícios apesar de diariamente andar mais do que corro quer na praia quer no calçadão. Mas, naquele instante, o dito sujeito engatou os pés não sei em quê e quase se estampou no chão e a minha expressão foi: “wey caraças!” e fiz um gesto com a mão como se pudesse agarrá-lo ou evitar que caísse. Depois, simplesmente, desatei a rir com a minha figura de parva.
Ao menos ele não caiu :/
Estava agora a fazer zapping e ao passar pela SIC estava a dar a novela Perfeito Coração, onde a personagem Humberto falava, epah, não sei porquê mas a voz dele faz-me lembrar um desenho animado, só não me recordo qual.

Porto de embarcações - É para junto de ti que quero embarcar*



Porto de embarcações - É para junto de ti que quero embarcar*





Daqui a menos de dois mesinhos já o vou poder postar aqui :)

Numa viagem no tempo...















...






05-11-09 BB 01:14
Olha…
Olha como o tempo passou, vês? Sim, eu sei, ‘carpe diem’. Eu cresci, Nós crescemos juntos em cada momento.
Já lá vai mais de um ano e não me consigo desligar das recordações. E mesmo gostando de quem gostei depois de ti, falava-lhe de ti ao qual ele sentiu e uma vez me disse que talvez ele não soubesse fazer-me tão feliz, mas eu fui feliz com ele e, tal como contigo, também crescemos.
Crescemos a cada dia, porque cada dia é um dia.
Ouve…
Ouve o meu coração que ainda palpita mesmo sem a tua mão no meu peito e também eu tenho saudades de encostar a minha cabeça ao teu e ouvi-lo tão acelerado a palpitar.
Vê…
Ou…
Ainda olhas a lua? Ainda vês a estrelinha ao lado dela?
E naquela vez que discutimos, nas noites seguintes ora via a lua ora via a estrela, mas nunca ambas juntas e quando voltei a abraçar-te foi no momento que vi-as novamente juntas.
Sente…
Sente minh’alma pousar sobre as recordações…
Sente os meus olhos a encherem-se de lágrimas e no mesmo instante os mesmos vibrarem num sorriso só por me lembrar da tua voz, do teu sorriso.
God… sinto a tua falta! Sinto falta de partilhar um caderno contigo, de me sentir viva e com vontade de devorar páginas com a escrita e mesmo quando não tinha o caderno escrevia-te cartas. Cartas que agrafaste ao Nosso Livro.
Sabes…
Mudei de casa… quarto diferente, as coisas em sítios diferentes, mas mantive uma coisa…
Em cima da minha mesa-de-cabeceira pousa uma Caravela sobre parte de uma Concha…
E sinto o corpo a estremecer… e engulo um soluço que cai-me da garganta para o peito e sufoca-me não o corpo mas a alma…
Sempre que alguém vê, não vê o significado que tem…
Naquela tarde que foi complicada para estarmos juntos, porque era para eu ir, eu consigo ir e afinal tu já não e de repente a biblioteca vai estar aberta e chego lá e não está, mas tu tinhas dito que estava e que ias lá depois da explicação, certo? As horas passavam, ou melhor, os minutos pareciam horas, eternos e cada pessoa que entrava na biblioteca que acabou por abrir, cada pessoa que entrava eu olhava, mas nunca eras tu. E quando tu chegas… hello? Olhas de ressalto e viraste para a saída e eu: “então?”. Tu voltaste-te e vieste para perto de mim. Sim, lembro-me, não quis cumprimentar-te – ainda estava fria - mas achei piada darmos as mãos por momentos enquanto estudávamos, mas detestei o facto de leres o exercício do tipo: “o Jaquim tem 500 maças e bla bla bla bla que dividiu bla bla bla bla…” tipo, sim? Sim? Eu sei que no fim perguntaste de tinha entendido, mas como ia entender se tu andavas a ler com blas blas no meio e eu nem para me concentrar para ler o exercício? Não, não entendi o exercício e também não me apetecia estudar nem resolver mais problemas porque já tinha feito uns quantos até tu chegares!
Mas aceitei o teu rebuçado PELA PRIMEIRA VEZ! Aceitei sim :$ depois de ofereceres sempre um em ene dias e eu dizer sempre que não, mas como viste, até o papel do rebuçado guardamos no Nosso Livro com direito a data e tudo e o rotulo da garrafa que esgatanhaste com os nervos numa das noites lá no campo. O lenço de papel branco que ainda tem as marcas dos trocos e da corrente da chave que tinhas dentro da algibeira… “Que a nossa amizade nunca seja branca como este lenço de papel, que nunca falte palavras nela…” lembraste? Foi o que te disse. E tu? “epáh, tu até com um lenço de papel branco deixas-me sem palavras?!” ihhhhhhhhhhhhhhhh saudades de te ouvir, dos teus abraços, de caminhar de mão dada contigo mesmo quando chovia, porque normalmente chovia sempre que estávamos juntos e tu até, por fim, perguntavas-me “se hoje ia chover” em vez de “se hoje iria estar contigo”, de ficar a tremer antes e durante os momentos que passamos juntos.
Contigo aprendi a gostar de fado e comigo aprendeste a gostar de andar à chuva e a primeira música de fado que gostei chama-se “Chuva”. A vida falou-nos tanto entre linhas que só com o tempo vamos aprender e conseguir ler tudo o que ela nos tentou dizer…
Ponto um: lembras-te do nosso primeiro abraço? De como estava o tempo? Agora moro praticamente ao lado deste sitio…
Foi à saída do bar da praia, naquela noite chovia e tu: “finalmente o tal abraço!”, foi a noite em que começamos a partilhar o Nosso Livro e ficaste com um bruta sorriso só de leres o acróstico que fiz com o teu nome e a senhora do bar com a cena do Multibanco na mão à espera que metesses o pin e tu só olhavas para o caderno e para mim com um sorriso/ expressão de sei lá… lol :X foi a primeira noite que demos as mãos e andamos abraçadinhos, ainda guardo as fotos que tiramos com a minha maquina “porque apesar de não ser toda xpto como a tua” tinha bateria na altura e a tua não muahah, cabrão, nunca me enviaste as duas fotos que tiraste com a tua, nem aquela foto que estava a comer -.-‘ muito menos aquela ao pé do marco dos correios =/ és mesmo um franguito… piu!
Lembras-te? Lembras-te de me teres dito que querias ver se tinha coragem de te chamar franguito mesmo na cara? E lembras-te do que fiz? De parar a meio do passeio do nada, subir alguns degraus das escadas da entrada do hotel e pedir-te para chegares mais perto e de te chamar de franguito na cara e ainda dizer piu, ali! E calou! Não pia! Não P-I-A! Para veres que eu mesmo pequenina chegava-te à cara para te chamar de franguito – subindo uns 3 degraus das escadas – mas chamei-te ou não chamei? Hem? Ali!
Ponto dois: lembras-te… de como me acalmaste na primeira noite que estivemos no campo juntos? Tremia de nervos e tu seguraste-me na mão e disseste que me acalmavas assim, depois perguntaste se estava melhor ao qual respondi que não; ai entrelaçaste teus dedos nos meus e voltaste a perguntar, mas eu não conseguia deixar de me sentir nervosa por ali estar contigo e ai abraçaste-me… suspiro…
Adoro-te e adorava como me respondias: “também Adoro-te”

A Caravela – o Nosso Barco, em alto mar, numa noite Nossa sem russas nem suecas, só Eu, Tu e um vasto céu repleto de estrelas ao som do mar.
Parte da Concha – a Concha que Contigo partilhei. A qual Tu tens uma parte e Eu a outra e que juntas formam uma e lá dentro guardam o que um dia sentimos um pelo outro…
Guardo-te na alma, porque continuo a achar que o coração é um órgão, tal como sempre te disse.
E sim, eu sei que nunca te dei nem encontraste a chave para abrir-me deste meu mundo, mas mesmo sem a encontrares, deste meu mundo tu fazes e sempre farás parte.






...



De volta à realidade





Como foi ver-te mais de um ano depois?
Foi como ver-te a chegar ao bar da praia como na primeira noite.
Estagnou-se algo em mim, algo que me fez tremer, mas não ter coragem de me chegar junto a ti, até porque tu desvaneceste para não sei onde.

saudades… sim, tenho, tenho e volto a ter e nunca permiti não as ter, porque saudades é também sinonimo de que foi bom, mesmo que tudo tenha acabado num vazio, mesmo que ainda ouça mais ene vezes: “eu não entendo o que se passou com vocês os dois.”, nem eu entendo e há vezes que entendo e sei lá…
sim, há noites que adormeço num soluço, são tantas as vezes que uma lágrima desliza-me, são tantas as vezes que passo por onde passamos juntos e de flash vem-me tudo à alma e não me arrependo de ter partilhado contigo tudo o que partilhamos.
Jamais serás passado, jamais sentir-me-ei mal por te ter conhecido. Tu és e serás sempre especial, um pedaço de minh’alma, da miúda que me tornei.
Eu sei que te disse que a ultima carta te escrevi lancei-a ao mar e não te menti… mas tal como uma vez me disseste que o meu computador era um mundo com a minha escrita, também podes acreditar que neste mundo que existe nele há muitas cartas que para ti escrevi, e… em cada uma delas há um pouco de ti… porque tu és um pouco de mim…













Os caminhos são os mesmos e a calçada continua lá, intacta para com os de mais. Mas, os sentimentos renascem diferentes enquanto pela mesma calçada ainda piso. Em cada lugar há e sempre haverá um pouco de ti, em cada esquina um sorriso teu realça-me no pensamento, …, a troca de olhares subordinados ao que viria depois, as baladas da matriz que fazem estremecer tudo o que um dia, entrelaçadas nas mãos, levamos: a Eterna Amizade, enquanto que pela mesma calçada caminhávamos…