quarta-feira, 31 de março de 2010

02:43 a incidir pelo Luar


São 02: 43 da manhã… estou sentada no cadeirão junto à janela do meu quarto enroscadinha na minha manta de pólo azul bebe…
Está frio… mas só a vista daqui já me preenche a noite quase num todo.
A lua está grande e redonda no alto céu… o seu reflexo no mar só a torna maior… a luz que transmite faz-me sentir que já é de madrugada.
O som das ondas do mar a rebentar… a praia…
Quem me dera abraçar-te agora… sentar-me no teu colo, neste mesmo cadeirão, junto à janela do meu quarto, deitar a cabeça sobre o teu ombro, enroscar-me nos teus braços, partilhar esta manta contigo e ficar a contemplar contigo o luar…
Quem me dera sentir os teus lábios sobre o meu corpo… o calor da tua respiração… da tua pele junto à minha…
Quem me dera poder amar-te… fazer amor contigo apenas com a luz do luar a incidir sobre os nossos corpos suados do prazer, do desejar de uma noite… a deleitar-nos os traços enquanto nos completávamos… enquanto nossas almas como uma se mutuavam…
Quem me dera…

terça-feira, 30 de março de 2010

Às vezes...

Às vezes vou até lá...
Sento-me onde costumavas estar e, por mais estranho que pareça, ainda sinto o teu calor a envolver o meu corpo...
Por mais que me digam que tu não passas do fruto da minha imaginação, eu acredito que ainda comigo estás...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Não me perguntes porquê...

Não me perguntes porquê...
Apetece-me tocar violão...
Comecei a compor... e esta musica soa-me diferente...
Tocá-la é quase como desejar ficar nos teus braços durante um tempo indeterminado... ficar a acariciar-te... a sentir-te... há certas notas que soam quase como o desejo de fazer amor...
E, simplesmente, não me perguntes porquê...

Fotos da lua VS momento capturado pela alma

A Lua hoje estava linda...

Tentei capturar numa foto... mas, não saiu lá muito como queria.

Apesar de a máquina não captar o que olhos meus captaram, valeu a pena tentar, valeu a pena o momento guardado n'alma.
só o reflexo dela à beira-mar, já me diz muito...

as minhas pegadas ensopadas pela maré :)

domingo, 28 de março de 2010

Aceitas dar um passeio comigo pela praia?




Aceitas dar um passeio comigo pela praia? sim, tu que estás ai deste lado... aceitas? sim? então anda... vem comigo...



à nossa esquerda...












à nossa direita...







Depois de darmos uns passos... vês como ficou o céu?








Sim, já começa a escurecer... sentes frio?


às vezes somos assim, como essas pequenas pedras que vêm e voltam com o mar... às vezes também nós somos levados pelos sentimentos, a senti-los... outras são as pessoas que nos fazem ser assim, levados... trazem-nos como o mar e deixam-nos ali e depois voltam e levam-nos e outras ainda voltam a deixar-nos... mas enquanto as pedrinhas à beira-mar quando vão a marca também vai, nós não, a nós levem-nos, trazem, deixam e as marcas vão ficando...

mas mesmo assim, ainda temos tempo para...



olhar para trás, sorrir e seguir em frente :)

então, gostaste do passeio?

espero por ti para um outro passeio ou nem por isso?

Dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite… (II)

Camisa de noite cinzenta de cetim, que me roça no peito dos pés enquanto caminho sobre a areia húmida da névoa da noite fria… caminho eu, enroscada numa manta de lã pólo macia… tão macia, mas preta como o céu nesta noite…
Não sei onde devo parar nem sequer se isto fará sentido esta noite, se levaremos tudo a perder ou se o mundo apenas começará agora a ser descoberto para e por nós.
Tremo e não sei se por nervos ou por frio… será que valerá a pena? Será que te aproximarás e que te sentirei assim... (?) assim tão perto, o teu toque…
Eu – Estarei eu a… ou… tu… (?) – sinto o calor da tua respiração junto a mim.
Ele – Sim, eu estou aqui…
- Mesmo?
- Sim… duvidas?
- Não.
- Então porque não te viras?
- E se me virar e deixar de te sentir?
- Confia em mim…
- Tenho medo…
- De quê?
- De te perder. E se isto não der certo? E se te fores? E se não… - Envolves os teus braços à volta do meu corpo, fecho e aperto os olhos.
- Abre os olhos…
- Não!
- Abre… - sorris – Confia em mim, como sempre o fizeste… - entrelaças os teus dedos nos meus.
- Não me largas?
- Nop.
- Prometes?
- Sim.
Devagarinho abro os olhos e… não é uma miragem… eu sinto-te, sinto os teus dedos entrelaçados nos meus, a tua mão! Sim… a tua mão, os teus dedos compridos…
- Tens uma mão tão grande e macia… - lanço um sorriso.
- É para te segurar pela mão quando tiveres medo e te acariciar o corpo nas nossas longas noites…
- Como agora?
- Sim. Mas ainda falta algo…
- O quê? – Sinto agora a tua mão a guiar o meu rosto na direcção do teu…
- Isto. – Encostas os teus lábios aos meus… como são quentes os teus lábios…suavemente beijam o meu lábio inferior tal como com a mesma suavidade se descolam. Viro-me para ti num todo.
Agora, os nossos corpos encontram-se juntos, a sentirem-se…conseguimos ouvir o palpitar dos nossos corações quase que em uníssono…os teus braços por dentro da manta envolvem o meu corpo e aproximam-me mais do teu… uma das tuas mãos sobe-me as costas, desliza sobre a minha camisa de cetim, contorna-me a silhueta e pára junto à minha anca… os teus lábios que outrora beijavam os meus, agora contornam os traços do meu rosto… começas a desliza-los sobre o meu pescoço, passo os meus dedos por entre o teu cabelo atrás e com jeito puxo-os… sinto a pele do meu corpo a arrepiar-se, vinco as minhas unhas nas tuas costas e puxo-te mais para mim.
Olhamo-nos, olhos nos olhos… encostas o teu rosto junto ao meu, assim… assim tranquilamente como quem acaricia algo tão singelo… encostamos tanto como descolamos os nossos lábios um do outro, como quem quer e deseja sentir mas teme por tal. Como quem hesita por tal momento mas mesmo assim deseja-o.
Baixo o rosto… penso que talvez ainda não seja e… e sinto a manta deslizar-me um pouco pelo ombro fora… agora a alça da camisa e… sustento a respiração… respiro fundo enquanto sinto o calor dos teus lábios sobre o meu ombro… a tua língua húmida a percorrer-me a pele como se de um único caminho se tratasse até aos meus lábios… e, desta vez, não hesitamos, mas sim deixamo-nos levar.
Agora, quem dança ao som do raiar do dia e romper da noite são as nossas línguas, juntas, húmidas, quentes… quentes sentem o fervor do desejo, da culminação das nossas almas, dos nossos corpos a completarem-se, a sentirem-se.
Abraço-te.
Abraças-me.
Abraçamo-nos, enquanto a lua, ainda no alto céu, nos deleita as formas do corpo e os primeiros raios do sol nos aquecem a alma…

sábado, 27 de março de 2010

Dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite…

Ele – Não te mexas…
Eu – Porquê?
- Deixa-me guardar esta imagem…
- Qual imagem?
- A do meu reflexo nos teus olhos…enquanto sinto vontade de te beijar.
- Sabes que não podes.
- Sim, sei… as regras impedem-me de te beijar, mas não de te desejar.
- …
- Desculpa.
- Não tens culpa, acontece.
- Tenho pois, desde o primeiro dia em que fiquei a ver-te da esplanada, a forma como sorrias, como falavas dos reflexos dos óculos e ninguém te entendia… como ficavas ali, sentada do outro lado do porto a ver os barcos a atracarem, ou a escrever, ou a ler, desenhar… desejei ser eu ali, com a cabeça deitada sobre o teu colo em vez dos teus livros, desejei que olhos teus lessem quer o meu olhar quer os meus lábios em vez das meras palavras escritas nos teus livros… desejei que os traços que desenhavas fossem os do meu rosto com os teus dedos… desejei ser a brisa que te elevava os caracóis… os raios do sol que te acariciavam o rosto… o echarpe, o qual te cobria os ombros…
- Porque nunca te aproximaste?
- …
- Porque ias embora sempre no momento em que mais idolatrava no dia?
- Porque tu só me consegues ver com clareza quando ainda é dia…
- E só te sinto à noite…
- Sim…
- Mas mesmo assim, …, mesmo assim não te posso tocar, apenas ver-te, apenas sentir-te… e ainda assim só uma de cada vez, só uma em cada espaço de tempo.
- Eu sei…
- E não entendo o porquê das regras serem ditadas assim.
- Porque no dia em que nossos lábios se entrelaçarem eu…
- Tu desapareces para sempre.
- …
- …
- Não fui eu que as ditei e às vezes…
- Às vezes apetece-te quebrar tudo (?)
- Sim…
- Mas apenas por um momento?
- Achas que não vale a pena sentir-te? Poder abraçar-te enquanto me abraças, poder sussurrar-te enquanto te beijo o quão culminava minh’alma junto à tua por esta oportunidade.
- Achas que vale a pena perderes tudo por um momento?
- Achas que não?
- E se…
- E se…?
- E se arriscássemos ao nascer do dia?
- Quando o dia ainda é noite e ao mesmo tempo dia?
- Sim.
- Hoje?
- Sim, ao nascer do dia…
- Onde?
- À beira-mar… dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite…

quinta-feira, 25 de março de 2010

can you hear me?

...can you hear me...
Não, não sei se pertence a alguma musica, simplesmente, acordei com esta frase na cabeça e deu-me para cantar... já dizia vavô Manel Jaquim: "Quem canta seus males espanta." será?
E tu, can you hear me?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Perfeita imperfeição de mistura unificada...

Ele -Estás ai?
Eu -Estou... claro que estou. Só que quando começo a ler algo é como se não tivesse com a alma no corpo, mas sim no que estou a ler.
Ela, simplesmente, esvazia-se nas palavras que em olhos meus passam a ser lidas, é como se nem de bússola precisasse mais para se guiar, como as palavras, aquelas palavras que são escritas também com alma, encontrassem agora o rumo certo, é como se essas palavras fossem as baias direccionais de corrumes incógnitos causados pelo tempo que outrora nem destino possuía.
Palavras que bailam em desassossego de um sossego completamente quase mutilado de perfeita imperfeição, numa mistura de sentimentos oposto que designam o que os une, o que os unifica num só gesto, numa só frase, num só momento, numa só tempo!
Como se o amanhã quase acabasse por chegar do ontem que agora é hoje e esse mesmo hoje que já não é mais um presente, mas sim um passado quase futuro.
Aquele tempo que é uma perfeita imperfeição de misturas contrarias ao que sonham ser sendo-o.
Aquela mistura de palavras que soam com as notas que acabam de acabar por soar nesse mesmo tempo, nesse mesmo momento, nessa mesma frase, nesse mesmo gesto…
Que se esgotem como o ar que enche e esvazia os pulmões mas que não tarda por repetir o mesmo percurso quase como uma rota, uma perfeita rotina que já de ser sempre a mesma fazemo-lo inconscientemente conscientes de que é isso que precisamos de continuar a fazer, mesmo que seja conscientemente inconscientes, e é isso que ninguém nos ensina a fazer porque nascemos a saber fazê-lo, tal como ver, sentir… Quantas são as coisas que ninguém nos ensina, mas que nascemos já sabendo-as, que viram rotina e acabamos por não as sentir mesmo sentindo-as, mesmo fazendo-as, mesmo, assim… vivendo-as e quase reaprendendo-as sendo ensinados por este Ninguém que chamamos: Vida (?)


Escrito ao som de: Explosions in the sky - Memorial [ http://www.youtube.com/watch?v=mJapaqTRXb8&feature=related ]

Olhar cristalino...

Olhar cristalino…
Minha fonte de inspiração
Que a cada momento…
Preenche-me o coração.

Teu corpo um dia
Anseio abraçar…
Nossas almas por um ápice
Desejo mutuar…
Enquanto num instante
Teus lábios beijar
E, na mais profunda escuridão
Ser iluminada pelo teu olhar.

Quero…
Na mais pálida noite
Em teus braços permanecer…
No mais reluzente dia
Em teus braços esquecer
Que um dia longe de ti
Clamei em vão aos céus
O desejo de te ter.

Desejo este que, ate agora,
Me foi proibido de alcançar
Por a distância existir
A nos separar…

Invoco anjos,
E em plena noite cantos
De estrelas resplandecentes
Que me demonstram
E me vêm cantar à alma
Que tu ainda permaneces impetuoso
Aguardando o dia deste desejo ardente
Que me faz suspirar a cada momento
Pelo futuro próximo,
Mas ainda longe do presente.



(Escrito à dois anos)

Ouvi dizer que hoje...

Ouvi dizer que hoje virias ter comigo.
Que ficarias a meu lado até adormecer
E que adormeceria…
No teu peito sentindo o teu calor…
Sentir que estás perto,
Que me tocas mesmo sem eu saber.
Poder tocar-te, agarrar-te, ter-te
E nunca mais perder-te.
Sentir o teu cheiro a envolver-me,
O calor da tua respiração…
Sentir-te, é o que mais quero.
Sentir essa invasão
A preencher meu pobre coração.
Olhar-te nos olhos
E saber que és real
Que este amor é mais que fatal
E apesar de passar
A vida a sonhar contigo…
Saber que, afinal, és mais que uma ilusão…



(Escrito à 3 anos e tal atrás)

Porque me apetece.


Ele – Han?! Porque vais tirar foto agora a isto?!
Eu – Porque me apetece e, na minha opinião, já é uma boa razão.

Amarelo


Zé - Wey, onde está a minha miúda?
Eu - Queres que dispa a blusa de cima e fique só com a de baixo?
- Não, – puxas-me pela anca – as cores ficam-te bem… e isto significa que ouviste a minha pergunta de ontem.
- Se haveria algum dia em que não vestiria preto?
- Sim… sem contar com as sapatilhas que, na maioria das vezes, contêm a cor amarela, mesmo que o preto seja a cor que as domina mais.
- Ao menos há outra cor… - sorris para mim.

Foco-te

Foco-te e volto a focar-te uma e outra e outra vez mais.
Primeiro o corpo, o teu corpo num todo,
Depois os teus olhos, a menina dos teus olhos, o meu reflexo neles,
Em seguida os teus lábios e, por fim, no entrelaçar destes com os meus, foco-te a alma.
A alma não num simples querer, mas sim num querer por desejo.
Foco-te e volto a focar-te, desta vez junto a mim, corpo com corpo, pele na pele, sem armas, sem escudos, sem máscara.
Alma com alma assim… assim em uníssono entre dois corações como se de um apenas se tratasse, como se o mesmo sangue bombeassem.
Assim, assim no mesmo toque, no mesmo sussurrar de que a vida pode ser diferente, ainda assim diferente, ainda mais sentida…
Foco-te enquanto foco-me no reflexo do teu olhar sobre o meu…

C. e Snow (II)

C. e Snow

Snow – Há quanto tempo adormeces assim?
Eu – Assim como?
- Com dores de cabeça…
- Há mais de um mês.
- Achas isto normal?
- Define normal.
- Porque raio achas que adormeces assim?
- Sei lá… porque penso de mais? (risos)
- Também, mas talvez também pensas em coisas que não devias.
- Tais como…?
- Em coisas que não valem a pena o nosso pensamento. Tu sabes quais.
- …
- Ouve, há coisas que não valem a pena. Há coisas que temos que desligar de uma só vez. Deixar ir… simplesmente, ir. Aprender com o que se passou e deixar ir, em vez de deixar que te magoem…
- …
- Mas tu não te lembras do que lhe disseste há pouco?
-…
- Sim! Disseste-lhe que aquilo era triste, ele não ligou meia, disseste-lhe que há coisas que só dependem de nós próprios. Oh pequenota, tu ouve-te. O que te digo não é nada de novo, não é nada que tu não saibas.
- …
- Tens que erguer esta cabeça e marcar a tua presença aqui! Tens que reagir e desligar-te das coisas que te magoa. Não deixes que os outros te façam pensar que és negra por dentro, porque não o és! Ouviste-me?!
- Ouvi…
- Com ouvidos de ouvir mesmo ou como é que foi? Hem?
- Com ouvidos de ouvir mesmo. (risos)
- VÊS?! Ficas melhor a sorrir, muitooooo melhor. Vá, agora não faças essa cara triste outra vez. Se te apetecer chorar estou aqui, tens o meu ombro amigo.
- Um grande ombro, não?
- Muito. Tal como as coisas que existem neste mundo e dentro de ti. Também são vastas e fortes, tens que acreditar.
- E são fofinhas como tu?
- Ehhhh, são menos que eu. Tu sabes que eu sou super fofinho. Já viste o meu pêlo? Já? Não é tão fofinho?
- É sim.
- Por falar nisto, tenho que ir visitar o P.
- Isto quer dizer que vais embora?
- Não. Nada disto, tenho que ir visitá-lo, preciso também que ele me arranje o pêlo. Sabes, ele tem umas mãos jeitosaaaaas.
- …Sim?
- Sim! Como é que achas que tenho um pêlo assim tão bem cuidado? É graças a ele. Só a paciência que aquele puto tem, nem imaginas. Gosto mesmo é de meter-me com ele, isto é que dá gosto a um urso como eu.
- Coitado.
- Coitado?! Coitado de mim, quando sou eu que tenho que lavar a loiça.
- Oh, mas se comes, também tens que limpar e, na minha opinião, é bom dividir o trabalho.
- Oh, mas eu bem que podia só enxugar e arrumar a louça. Aquilo basta um bafo meu e a louça fica toda seca rapidamente! É que é mesmo num instante!
- Oh, mas era o mesmo que nada depois… (interrompe-me ele)
- Também vais dizer que não vale a pena enxugar-lha assim?!
- Sim, não vês que a louça assim fica… (interrompe-me ele outra vez)
- Com um bafo a peixe de morrer, não é?! Já sei… é o que o P diz também.
- Oh, mas lavar a louça não é assim tão mau.
- Para ti não que não tens que molhar as patinhas. E além disto, aquele detergente da louça dá-me cabo do pêlo.
- Deixa lá, que cá em casa lavo eu.
- E queres que a enxugue?
- Não, deixa estar, como lavo com a água quentinha já me facilita o trabalho, mas sempre podes arrumar.
- Então está combinado, eu arrumo. Depois podemos ver um filme?
- Claro. Qual é que te apetece ver?
- “The Time Traveler's Wife”, pode ser?
- Sim, óptima escolha. Fazes as pipocas enquanto lavo e enxugo a louça?
- É para já. E se ligar ao P para ele vir ver connosco? Assim trazia o Flokinho também. Vais ver que vais gostar do Flokinho. Ai que aquele pequenote quando crescer vai ser uma estrela como eu no filme, ora se vai!

terça-feira, 23 de março de 2010

Olhei, segurei e abri-o

Olhei para o meu lado e lá encontrava-se o livro a espreitar-me da mala…

Segurei-lhe nas mãos, abri-o numa página qualquer e li a primeira frase…



“- A ele também fazes falta.”



(Livro: Os Cadernos de Dom Rigoberto, de Mário Vargas Llosa, pág. 139)



A quem faço eu falta? Ah, não, aquilo não era para mim, certamente, era de e para alguma personagem do livro :)

E se...

E se me pudesses perguntar algo, o que perguntarias?


http://www.formspring.me/czinom

Como se responde (?)

(há um mês atrás…)

Ela – Porque é que usas sempre essa cor?
Eu - …





Como se responde algo a uma criança de 8/9 anos, se nem a nós próprios conseguimos responder?

segunda-feira, 22 de março de 2010

C. e Snow


Eu sabia!
Eu sabia, sempre tive um jeito para o desenho, entao com a ajuda do Snow :D
Ficou lindooooo
(no desenho: eu e o Snow)

Pergunto-me

Pergunto-me…

Pergunto-me pela essência dos teus lábios

Pergunto-me qual o sabor dos teus beijos

Pergunto-me o quão serão quentes e macios os teus lábios

Se algum dia, as nossas línguas juntas dançaram num terno embalar de sentimentos

Pergunto-me se tu existes mesmo ou se és uma ilusão que desejo alcançar

Pergunto-me quantas serão as vezes em que em ti vou pensar e desejar não pensar, não me sentir baralhada, não sentir medo de te desejar… de te sentir.

Pergunto-me se tu, sim tu, se tu por momentos me podes abraçar… assim… junto ao teu peito, segurar-me firme nos teus braços e fazer-me sentir que tudo isto, simplesmente, acabou de começar.

domingo, 21 de março de 2010

Agora sim...

Agora sim...


Boa noite :)

... simplesmente vontade...

Eu – Shuh… e se hoje for diferente?
Ele – Diferente como?
- não sei… hoje sinto simplesmente vontade...
- de…?
- vontade de te beijar… vontade de sentir os teus lábios, o calor destes nos meus… de me sentar no teu colo, de frente para ti e ficar a olhar-te… nos teus olhos, de mergulhar neles, na imensidão do que sentimos um pelo outro… tenho vontade de sentir o teu toque, de ser abraçada, assim… num forte e longo abraço…
- eu não sei o que dizer…
- não precisamos falar com palavras… falaremos com gestos, com o toque dos nossos corpos juntos, humedecidos pelo calor das sensações… das nossas sensações…
- eu…
- não digas nada… deixa-me apenas sentir-te… ouve… isto não faz de mim uma mulher carente, faz de mim uma mulher com desejo… desejo de te sentir… desejo de te fazer sentir…
- eu sei (acaricias-me o rosto) não te estou a criticar pelo que dizes, aliás nem te estou a criticar… apenas a absorver-te… a ouvir-te e… não sei, se te estou a olhar assim, é só porque não sei o que te dizer… eu não…
- shuh… e se hoje colocasses uma musica? Uma musica suave… e a ela juntássemos o som dos nossos corpos enquanto se embalam numa dança descrita pelo amor? Com o palpitar em uníssono dos nossos corações acelerados?
-… (sorris e abraças-me)
-(sussurro-te) Enquanto te faço sentir a minha pele… em plena cumplicidade com a tua… a fazer-te sentir que nela há desejo… desejo de suavidade… de violência de paixão… de amor… abraça-me mais forte… faz amor comigo… com a cumplicidade da primeira vez e o fervor e paixão como se fosse a última…

conclusão ou fim da geraçao da mesma (?)

Hoje só dei por mim depois de ja lhe ter feito a pergunta:

-Porque é que és tão vazio?


e, claro, após a mesma, pedi-lhe desculpa. sim talvez tenha sido um pouco rude ou talvez directa de mais... ou terei sido apenas eu (?)


agora, agora dou comigo a pensar, a chegar a conclusoes às quais ja tinha chegado e mesmo assim continuado na mesma plataforma...
nao é ele que é vazio... talvez seja eu a vazia... ou, simplesmente, talvez ele ajude-me a sentir assim... vazia...


e eu aqui continuo, vazia, mas firme :)

sábado, 20 de março de 2010

P.


Dedicada ao P.

C de ...

C.
C de céu
C de calor
C de constante
C de contente
C de conquista
C de coberto
C de cúmplice
C de caliente
C de chocolate
C de cinzento
C de castanho
C de cores
C de cansaço
C de camelo
C de cão
C de capricho
C de corpo
C de cama
C de caramelo
C de criação
C de compaixão
C de continuar
C de campeão
C de canto
C de Caixinha*
C de coração
C de cristal
C de copo
C de copiar
C de casa
C de carta
C de carinho
C de crepes
C de culpa
C de castelo
C de cavalo
C de cavaleiro
C de cara
C de cd
C de comboio
C de computador
C de carro
C de corsa*
C de completa
C de cumprir
C de caneta
C de cassete
C de camarão
C de carangueiro
C de carneiro
C de capricórnio
C de cabeça
C de cérebro
C de cabelo
C de comida
C de coelho
C de correr
C de cozinhar
C de comunicar
C de capitania
C de capitão
C de camarada
C de colar
C de carnaval
C de contacto
C de claro
C de casulo
C de…

sexta-feira, 19 de março de 2010

Hoje, sem duvida, que o dia falou por si.

Agora sim, pondo as brincadeiras de parte e os alugueres…

O dia, acho que hoje, falou por si.
E não esquecer, hoje é dia do Pai. Obrigada Papá por tudo* :)

Tive, finalmente, a oportunidade esta semana de ir ver de perto, ou quase, quase muito pertinho, o veleiro Stavros S. Niarchos, que atracou no passado dia 17 no porto de Ponta Delgada.
Como qualquer veleiro, causou-me desejo de o explorar, de conhecer todos os cantos, de saber mais e mais deste. Como é óbvio, não me foi possível, mas, mesmo assim, a minha paixão por barcos, veleiros, barcas e por ai fora mantém-se.
Segundo o Jornal Diário, este veleiro “foi construído nos estaleiros de Devon, no Reino Unido, e é um brigue de dois mastros, com 493 toneladas e 60 metros de comprimento, tomando como modelo um veleiro do século XVIII.”.

Posto isto, no caminho para o carro apanhei uma molha, mas depois a chuva abrandou o que originou uma forte brisa, mas não no ponto de causar transtorno, pelo contrário, era uma brisa fresca, que elevava-me os caracóis, o que fazia com que estes me deixassem o rosto descoberto. Fiz o resto do caminho acompanhada pela brisa fresca, pelo céu azul a espreitar e pelo Snow.
Hoje fiz o almoço, o que não me custou nada. Cozinhar para mim nunca foi transtorno, pois anima-me e, modesta à parte, os meus cozinhados até que sabem bem, principalmente, as sandes de manteiga e queijo, ficam cá uma delícia. Vá… brinco, eu gosto de cozinhar, faz-me bem e acho que o empenho que dou de mim enquanto cozinho é o que torna o tal sabor especial. Mas, por norma, cozinhar com alguém ao meu lado que está sempre no “Blá blá blá… porque não fazes assim?... já meteste isto?... não é assim que faço! Blá bla blá…”… ok… eu faço à minha maneira, gosto de inovar, de experimentar, de arriscar a cozinhar uma receita que vejo na TV, num livro e dar-lhe um toque meu. Gosto de cheirar o aroma dos ingredientes, de provar coisas novas, novos sabores… simplesmente, gosto.
O que me fascinou hoje foram os meus caracóis, estavam tão únicos, tão lindos, fofinhos e macios. Tão meus…

Aproveitei e fui buscar o livro “Os Cadernos de Dom Rigoberto”, de Mario Vargas Llosa, da 7ªserie da Biblioteca Sábado, que não tinha ‘apanhado’ de início. Mas cá já conta :)
Hoje fartei-me de fazer tranças nas miúdas lá do lar e fiz uma estreitinha em mim também, nem tudo caracóis. Bem que tentei fazer uma no Snow, mas ele não quis, mas consegui fazer-lhe um totó pequenino, mas ele é enorme, quase que nem se notou, mas rimo-nos com isto.

No espacinho de tempo que ocorreu a meio do work, fui tirar umas fotos e, confesso, que me fez bem…

Fui ao blog “Quando se fecha uma Porta algures abre-se uma Janela.” e não esperava que o Sr. Jorge realizasse um post chamado “Ponto de Encontro.” e que nele colocasse o comentário que lhe fiz ao agradecer-lhe por ter ajudado no tal “Ponto de Encontro” entre a minha mãe e as suas amigas gémeas Clara e Madalena. Fiquei surpreendida e contente também.
E… também fui ao blog do P. e não estava à espera do post de hoje. Acho que hoje quem ficou sem jeito fui eu, sem jeito e sem palavras.
Ver as minhas palavras postadas num outro blog, mais a mais no do P., é que nem o Snow me contou nada. Mas gostei, Obrigada P. a* e a ti Snow, pelo dia :)
Dois pedaços d’alma reluzentes, muito reluzentes e mágicos.


Hoje, sem duvida, que o dia falou por si.

(Fotos by C. Moniz)

Aluga-se caracóis…

quinta-feira, 18 de março de 2010

Despertas-me...

Despertas-me...
Despertas-me vontade… uma simples vontade de me enroscar nos teus braços e deixar-me ficar…

Ficar a sentir-te
Ficar a ouvir… a ouvir-te a ti e só a ti… a tua respiração… ao palpitar do teu coração.

De olhos vendados…
De alma aberta…

Desperta-me
Desperta-me ainda no hoje…

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ela


Ela…
Ela pousou e voltou a levantar voo… voltou a pousar e a levantar…
Tentei aproximar-me em silêncio, tentei segurar-lhe, mas nem ela nem o vento permitiram…
E do nada ela desapareceu…
Voltei eu à conversa que tinha parado para poder tentar segurar-lhe.
Passaram-se vários minutos e dei com ela pousada no meio do caminho.
Temi, não queria que um carro lhe passe por cima…
Passou um carro… dois… mas mesmo assim por ela não.
Voltei a aproximar-me devagar e segurei-lhe.
Trouxe-a para casa e pousei sobre a flor do vaso que me foi dado…
E, ainda hoje, ela lá está…
Perfeita como se tornou, perfeita como ela própria o é…

Desvaneio...




...Preciso que voltes...Preciso que corras tão depressa como o bater do meu coração quando em teus braços me aconchegas como se fosse a primeira vez...




[...Suspiro...]

sábado, 6 de março de 2010

Desafio #1

Desafio colocado pelo Saga.

Questão 1: Tens medo de quê?
Do amanhã? Ou de voltar a ouvir? Mas também depende do que irei ouvir e ou de quem…

Questão 2: Tens algum guilty pleasure?
Acho que não.

Questão 3: Farias alguma loucura por amor/amizade?
Talvez, mas neste caso ia depender da “intensidade/valor” do sentimento.

Questão 4: Qual o teu maior sonho?
Acho que qualquer um deles está no mesmo grau de “altura”, pois estes são sonhados sempre quando estou acordada…

Questão 5: Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo?
Depende, mas na maioria das vezes isolo-me.

Questão 6: Entre uma pessoa extrovertida e uma introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Mista, pode ser?

Questão 7: Sentes-te bem na vida, ou há insatisfação além do desejável?
Que vida? A minha? A que finjo ser minha? Ou a que os outros querem que seja minha? Ok, vai… ‘bastante de muita’ insatisfação, mas isto depende do dia e do temperamento do mesmo… e de mais algumas coisas.

Questão 8: Consideras-te mais crítica ou ponderada?

Mista, pode ser again?

Questão 9: Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente...? Define-te, de uma forma geral.
Todos nós somos um pouco das três, mas pronto… Depende, novamente, do dia, mas, por vezes, chego a ser um q.b. a mais de paciente com certas coisas/ pessoas.

Questão 10: Consegues desejar mal a alguém e, normalmente, concretizar? Sê sincero.
Desejar, sim, consigo, qualquer um consegue, mesmo que seja ‘inconscientemente/ espontaneamente ’, mas concretizar, nop.

Questão 11: Contens-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)?
Nop. (Ainda hoje soltei uma gargalhada no meio do passeio :X coff… coff )

Questão 12: Qual o teu lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Se fosse há uns anos atrás, dizia teimosia, agora, cada vez mais, vinca-se uma mistura de ambos.

Questão 13: Casamentos homossexuais e direito à adopção?
Sim e talvez…

Questão 14: O que te faz continuar o blogue?
Talvez por ser uma fuga das minhas palavras ou um mundo para elas (?)

Questão 15: O número de visitas e comentários influencia o teu blogue?
Nem por isso. Isto nota-se pelo número de comentários e de postes.

Questão 16: Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria?
A mesma (?) Acho que não mudava nada, simplesmente, a forma como está e se está é porque tem/ existe razão para tal.
Mas, concordo com o Saga quando este diz: “Porém, talvez fosse engraçado se as pessoas se tentassem conhecer para além do que lêem nos blogues e que os bloguistas não seguissem ou comentassem outros blogues apenas porque sim ou para obter seguidores também.”

Questão 17: Devia haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Sim. Talvez encontros, nem que fossem anuais, talvez a criação de um dia em concreto do “Bloguista (s)”, talvez este fosse o ponto de partida para algo mais. Apesar de não fazer ideia se este dia já existe ou não…

Questão 18: Sabes brincar contigo e rir com quem brinca contigo? Sem ironias.
Sim, sei, sem dúvida.

Questão 19: Quais são os teus maiores defeitos?
Txey… tantos… quase de davam para mais postes dos que os que já aqui tenho no blog… Brinco, a maioria deles são psicológicos e os que não são, são relativos :D Talvez teimosa, fria, distante em certos aspectos, a minha estupidez de continuar mesmo quando me dói, masoquismo, criar defeitos em mim onde eles nem existem… e por ai… apesar de ter vezes que alguns deles qualifico como virtudes. Talvez daquelas virtudes meio defeituosas, ou com alguns defeitos :P

Questão 20: Em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Há quem diga que sou mais madura do que a minha própria idade, (continuo a achar que isto da idade é quase sempre se não é sempre psicológica e se não for é de certo relativa); responsável; a escrita; musica; desenho; fotografia; o meu cabelo :X ; a minha forma de animar as pessoas quando estão em baixo mesmo estando eu também assim; a minha banalidade de acreditar que vale a pena quando os outros já desistiram; o meu optimismo quando tudo à minha volta se tornou pessimismo; o facto de quando nervosa estou desatar a rir e fazer rir quem mais nervoso está comigo; a minha outra banalidade de conseguir deixar alguém sem palavras; a minha criatividade quando já tudo se esgotou em cansaço; a minha outra banalidade de mesmo ao longe já conseguir distinguir quais são os barcos que se encontram em alto mar e ou no porto; a minha adrenalina debaixo de agua armada em peixa :D ; a minha paciência; a minha ironia/sarcasmo; a chuva, orgulho-me de me orgulhar de adorar andar à chuva e observar reflexos em tudo o que os possa possuir; o meu olhar; e muitos mais…

Questão 21: Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Tss… Talvez o telemóvel… e em segundo a televisão… ou talvez não…

Questão 22: Elogias ou guardas para ti?
Elogio.

Questão 23: Tens humildade suficiente para te desculpar, sem ser indirectamente?
Tenho.

Questão 24: Consideras-te, de grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Sensível, às vezes até de mais.

Questão 25: Perdoas com facilidade?
Depende. Mas isto é como aquela história do Joãozinho e os pregos. Que consiste em:
O miúdo portava-se normalmente mal, então o profe decidiu dar-lhe um martelo, alguns prego e uma tábua para que este pregasse um prego como símbolo dos dias que ele se ia portando mal.
2ªf o Joãozinho portou-se mal, 3ªf de igual modo, na 4ªf a mesma coisa, na 5ªf também, e lá ia pregando os pregos consoante os dias anteriores… 6ªf o Joãozinho portou-se bem… no sábado e no domingo também e por ai fora, até que o profe decidiu dizer-lhe que derivado ao seu comportamento nas ultimas semanas ele podia retirar os pregos da tábua.
E lá foi ele todo contente retirá-los, ao que o profe lhe captou a atenção quando lhe disse que reparasse na tábua.
Esta encontrava-se agora sem os pregos, mas com os respectivos buracos feitos anteriormente pelos ditos pregos agora retirados.
Com isto o profe quis dizer-lhe que, apesar de pedirmos desculpas pelo que fazemos e ou perdoarmos tais momentos, estes ficam para sempre gravados, como os buracos na tábua deixados pelos pregos noutrora…
E… é mais ou menos isto que quero dizer com o meu “Depende”.


Questão 26: Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
Hmm… Talvez o de vir a tirar o curso errado futuramente… Nem sei ao certo.





Passo o mesmo desafio à Arguinha.