segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

da proxima vez...


próxima vez que sentires uma brisa
fecha os olhos
limita-te a senti-la
respira fundo
sente-a
como reage o teu cabelo ao movimentar-se
como a respiras
como ela te acaricia a pele...

quando abrires os olhos
olha para tudo como se fosse a primeira vez
olha o céu
vê como as nuvens se movimentam suavemente
os raios do sol

e se tiver chovido,
repara nos reflexos deixados para trás...

fazes isso da próxima vez?

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Se me perguntasse como me sinto hoje...
Se me abraçasses por momentos e me fizesses esquecer o que sinto...

Sinto como se me tivesses roubado a vida, como se me tivessem apagado.
O não poder andar na rua, o não ser descoberta, o ter que andar de telemóvel desligado, o não falar com as pessoas que já era habito falar...

Sufoco..............................

Esta noite acordei de madrugada de um pesadelo.
Sonhei que ela tentava-me matar-me com um barrote, fazia chantagens. acordei com uma pontada no peito e uma súbita vontade de vomitar, com medo de abrir os olhos e vê-la a meu lado.

Quando será que tudo isto vai passar?
Quando será que vou ter a minha vida, tranquilidade de volta?
As coisas que eram minhas e que perdi com o tempo aprendo a dizer: "eu tinha..."
Dói, tenho vontade de sair para ir correr.

Tenho saudades do Stitch e da Wiri.
Tenho saudades...


domingo, 27 de maio de 2012


Quando encontrei o que restava de ti no meio das cinzas, soube logo que tinha perdido o meu melhor amigo… hoje se toco, hoje se ouço ou vejo umas cordas vibrarem, minh’alma vibra juntamente e por dentro choro…
Sinto tanto a tua falta, tanto… que até dói.

Abraço forte


Dei comigo esta semana a dizer a alguém: “Sabes aquela sensação que uma criança sente quando corre na direcção de um dos pais onde este (a) está de braços abertos. e ao lá chegar a criança é abraçada tão forte, mas mesmo tão fortemente que se sente segura? Sabes? É este o abraço que Jeová nos dá, segura-nos tão forte, retém-nos tão fortemente que nos sentimos seguros.”

E se...


E se sair para correr? No final da corrida vais lá estar? Sabes aquela sensação que sentes quando corres e corres e corres e chegas ao final da meta e rompes a fita? Sabes aquela sensação em que no final da corrida vais ter lá alguém com os braços abertos que te vai segurar tão firme que vais sentir que por mais que percas o chão jamais cairás?


Ele – O que te faz sentir segura?
Eu – Já não sei…
- Que sentes?
- Perdida, sem rumo, parece que me roubaram a bússola.
- E alguma a tiveste?
- …

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vavó


Tinhas o sorriso mais lindo que alguma vez vi em alguém, mesmo doente sorrias com um brilho nesses teus olhos perfeitos.

Perdeste um filho na semana passada e oito dias depois partiste também.

Quando deste entrada no hospital senti um aperto no peito, pensei que não te fosses desta vez, não desta vez, ainda não. Há três anos atrás entraste no mesmo hospital muito pior que na segunda-feira passada, saíste de lá, mas desta vez a tua saída foi diferente.

Ontem quando recebi o telefonema e não conseguia ouvir por causa da rede, levantei-me e corri pelo corredor até à garagem, sentia-me arrepiada, tremia.

O tempo não voltara atrás para te ver a sorrir mais uma vez, simplesmente às 9:30 da manhã partiste.

Na segunda-feira à noite quando te vi no hospital tremias tanto, pedi-te a bênção e dei-te um beijinho, mas voltei atrás, segurei-te na mão enquanto te acariciava o rosto e orei a Deus, aos poucos o teu tremer ia diminuindo, quando te dei um beijo na testa e fui para te largar a mão, seguraste-te tão firme na mão como nunca havias segurado antes. Inclinei-me perante ti, ainda com a tua mão a segurar firmemente a minha e sussurrei-te: "vó, Deus não abandona ninguém, acredita", dei-te um beijinho na testa e tu acariciaste-me a minha mão com tua pele quente e suave.

Ontem quando íamos em direcção ao hospital para te acompanharmos para a ermida, quando vimos a berlinda passar, God, que aperto vavó, vontade de chorar, mas aguentei-me. Na ermida, quando foi para levar o teu caixão para dentro, segurei na argola do lado e ajudei, nunca tinha ajudado a levar um caixão, mas mantive-me firme.

Quando abriram o caixão e foram endireitar-te, quando sem querer o teu corpo mexeu-se com o movimento deles, tua mão mexeu-se em direcção à tua boca, vontade de gritar e de te tirar dali senti, mas contive-me, tentei fazer-me entender que só te tinhas mexido porque eles estavam a endireitar-te.

Parecia que dormias. Estavas tão linda, tu és e serás sempre linda :)

Passei a noite a olhar para o relógio, hoje continuei a olhar para o relógio pouco a pouco não desejando que chegasse a hora da despedida. Quando o padre chegou já ninguém tinha forças mas todos tínhamos noção que a hora chegara.

Quando começaram a fechar o teu caixão... nem sei descrever o que sentíamos todos.

Já não mais ver-te, sentir-te, tocar-te, pedir-te a bênção nem ver esse teu sorriso e o teu perfeito olhar, que aperto, dói.

Não me conseguia conter mais...

No cemitério, detesto olhar para aquela cova de terra fria onde tudo é vazio, onde sabemos que não voltaremos a olhar da mesma forma... olhei e ficamos todos ali enquanto faziam descer o teu caixão.

Choros, gritos, prantos, lágrimas, flores, o som da terra a cair sobre a madeira, o cheiro forte da terra pelo ar, a noção de não te ter mais por perto... uma forte dor no coração, a eterna saudade mas sobre tudo a esperança de um dia voltar a ver-te mais bela, mas perfeita do que alguma vez foste.

Jamais voltarei a sentir o cheiro da terra sem me lembrar deste dia, mas quando este sentir, lembrar-me-ei sempre do teu doce sorriso, do teu olhar e do calor da tua mão naquela noite*

Descansa em Paz minha vavó,

Amo-te Linda*

sábado, 2 de julho de 2011

Simplesmente...

...Abraça-me e deixa-me chorar...





Não me perguntes o porquê, apenas deixa-me assim, quieta.
Quieta, simplesmente, eu própria.
Eu sei que tudo tem uma razão para assim o ser, mas não, hoje não.
Hoje dói, cá dentro minh'alma grita, esbeniga-se, fala e fala e berra e puff... é ela própria, sem máscaras, sem nada, vazia, lotada de nada.

Onde estás tu?
Porque não vens e abraças-me?
Porque me deixaste só, tão só comigo mesma? Ou será que esta razão nunca existiu e eu permaneci este tempo todo assim, assim vazia? Lotada de um nada que outrora foi um tudo?
Por quem me tomas?! Porque não te chegas e abraças-me?

Sinto-me cansada...
Cansada de mim própria, do tudo que é nada e do nada que é tudo.


Vem, abraça-me, deixa-me chorar e não perguntes o porquê.
Simplesmente, hoje não há razão, apenas... apenas algo, o qual não sei definir, simplesmente dói e as lágrimas caiem...

E sou apenas eu própria comigo mesma.

sábado, 19 de março de 2011

Simplesmente não...

Simplesmente não consigo parar de chorar...

domingo, 13 de março de 2011

Quero-me de volta.

Sempre me incomodou o anoitecer, apesar de a hora do crepúsculo ser a que mais gosto, por outrora o anoitecer assusta-me…

Quando a noite parece longa, quando todos já dormem e permaneço aqui sentada o sofá sozinha com os olhos rasos.

Só faço asneiras, fervo em pouca água, a verdade é esta: fervo em pouca água.

Os olhos ficam-me rasos e faço com que as lágrimas não caiem, mas isto só faz com que cresça uma pressão na minha cabeça.

Quem me dera pagar uma parte da minha vida.

Não! Espera, eu sempre fui a miúda que sempre disse que prefere não apagar o que se passou porque foi tudo o que se passou que me fez crescer again.

Magoo as pessoas que mais amo.

Talvez muitas delas tenham razão e a culpa seja minha pelas coisas más que falam que não vou mencionar.

No fundo não me conheço, no fundo ninguém se conhece.

Zé… a personagem que criei na minha vida com a qual desabafava, a qual sentia sem sequer sentir, com a qual chorava e falava sem sequer ser ouvida.

Sinto a falta disto…

Sinto a falta da praia, de ir para a praia todos os dias, de caminhar e caminhar, de sentir os pés a ficarem gelados enquanto caminhava descalça à beira-mar, saudades de correr à beira-mar debaixo de chuva sem ter medo de ficar constipada…

God!

Quem sou eu?!

Quero-me de volta.

Zé – Depende de ti.

Eu – Eu sei, mas custa… custa tanto… ainda dói tanto cá dentro tanta coisa.

- Depende de ti, sabes bem disto.

- …

- Depende de ti lutar contra o que sentes e dizer que já passou, perdoar faz parte da vida, perdoar também faz parte do crescer.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

25/04/10


25/04/10
sai de casa e fui andar para a praia... o sol brilhava lá no alto apesar de ja quase 19horas baterem e apenas tres casais pairavam na praia, um deles deitados na areia a olhar o ceu, outro enroscadinhos sentados e por fim um ultimo a caminhar à beira-mar...
continuei de sapatilhas, shorts e t-shirt... mp3 a tocar e a caminhada à beira-mar ja ia longa quando alguem passou-me ao lado de replao a correr, fez-me lembrar a tua pessoa. porquê? nao sei, apenas fez-me lembrar, o que me despertou a vontade de correr atrás e abraçá-lo do nada, porque fazia-me sentir que eras tu... continuei a caminhada e esse alguem continuou a correr, quando, mais tarde, ergui a cabeça para sentir aqueles ultimos raios de sol a acariciarem-me o rosto, olhei-o de frente, ao qual ele sorriu-me, senti-me parva pela minha subita vontade estupida de querer sentir aqueles raios do sol naquele momento, baixei o rosto e de olhos postos na maré continuei a caminhada...
foste correr à beira-mar ontem e depois deste um mergulho antes de ires embora?
a*


ps: sei que nao eras tu, mas mesmo assim fica aqui um abraço daqueles que sao aconchego d'alma*





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Saudades da praia :/

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um novo começo... uma nova página...

domingo, 25 de abril de 2010

Praia...

Não minto quando digo que não gosto quando o dia começa a escurecer, abate-se uma tristeza em mim, e estar em casa num momento desses faz-me sentir a escurecer por dentro como o tempo, como se tudo se retraísse mais e cada vez mais.
Praia, sim, prefiro ir até à praia e ver o dia a ir lá... Porque lá é diferente, enquanto as paredes do meu quarto quase que perdem vida quando o dia está a terminar, o céu lá fora ganha vida e cores únicas...
Ontem quando me sentei por lá parecia que certas fases do passado passassem como trailer, assim de flash e uma voz cá dentro em sussurro perguntou-me: "Porquê preto...?"
Olhos meus ficaram rasos naquele momento e deixei que a brisa os secasse.


...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

M e Eu


M e EU no miradouro de Santa Iria, o meu miradouro preferido :)
Só tinha um mesinho nessa foto e que seja dita a verdade, era super fofinha, não era?

quarta-feira, 31 de março de 2010

02:43 a incidir pelo Luar


São 02: 43 da manhã… estou sentada no cadeirão junto à janela do meu quarto enroscadinha na minha manta de pólo azul bebe…
Está frio… mas só a vista daqui já me preenche a noite quase num todo.
A lua está grande e redonda no alto céu… o seu reflexo no mar só a torna maior… a luz que transmite faz-me sentir que já é de madrugada.
O som das ondas do mar a rebentar… a praia…
Quem me dera abraçar-te agora… sentar-me no teu colo, neste mesmo cadeirão, junto à janela do meu quarto, deitar a cabeça sobre o teu ombro, enroscar-me nos teus braços, partilhar esta manta contigo e ficar a contemplar contigo o luar…
Quem me dera sentir os teus lábios sobre o meu corpo… o calor da tua respiração… da tua pele junto à minha…
Quem me dera poder amar-te… fazer amor contigo apenas com a luz do luar a incidir sobre os nossos corpos suados do prazer, do desejar de uma noite… a deleitar-nos os traços enquanto nos completávamos… enquanto nossas almas como uma se mutuavam…
Quem me dera…

terça-feira, 30 de março de 2010

Às vezes...

Às vezes vou até lá...
Sento-me onde costumavas estar e, por mais estranho que pareça, ainda sinto o teu calor a envolver o meu corpo...
Por mais que me digam que tu não passas do fruto da minha imaginação, eu acredito que ainda comigo estás...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Não me perguntes porquê...

Não me perguntes porquê...
Apetece-me tocar violão...
Comecei a compor... e esta musica soa-me diferente...
Tocá-la é quase como desejar ficar nos teus braços durante um tempo indeterminado... ficar a acariciar-te... a sentir-te... há certas notas que soam quase como o desejo de fazer amor...
E, simplesmente, não me perguntes porquê...

Fotos da lua VS momento capturado pela alma

A Lua hoje estava linda...

Tentei capturar numa foto... mas, não saiu lá muito como queria.

Apesar de a máquina não captar o que olhos meus captaram, valeu a pena tentar, valeu a pena o momento guardado n'alma.
só o reflexo dela à beira-mar, já me diz muito...

as minhas pegadas ensopadas pela maré :)

domingo, 28 de março de 2010

Aceitas dar um passeio comigo pela praia?




Aceitas dar um passeio comigo pela praia? sim, tu que estás ai deste lado... aceitas? sim? então anda... vem comigo...



à nossa esquerda...












à nossa direita...







Depois de darmos uns passos... vês como ficou o céu?








Sim, já começa a escurecer... sentes frio?


às vezes somos assim, como essas pequenas pedras que vêm e voltam com o mar... às vezes também nós somos levados pelos sentimentos, a senti-los... outras são as pessoas que nos fazem ser assim, levados... trazem-nos como o mar e deixam-nos ali e depois voltam e levam-nos e outras ainda voltam a deixar-nos... mas enquanto as pedrinhas à beira-mar quando vão a marca também vai, nós não, a nós levem-nos, trazem, deixam e as marcas vão ficando...

mas mesmo assim, ainda temos tempo para...



olhar para trás, sorrir e seguir em frente :)

então, gostaste do passeio?

espero por ti para um outro passeio ou nem por isso?

Dançaremos ao som do raiar do dia e romper da noite… (II)

Camisa de noite cinzenta de cetim, que me roça no peito dos pés enquanto caminho sobre a areia húmida da névoa da noite fria… caminho eu, enroscada numa manta de lã pólo macia… tão macia, mas preta como o céu nesta noite…
Não sei onde devo parar nem sequer se isto fará sentido esta noite, se levaremos tudo a perder ou se o mundo apenas começará agora a ser descoberto para e por nós.
Tremo e não sei se por nervos ou por frio… será que valerá a pena? Será que te aproximarás e que te sentirei assim... (?) assim tão perto, o teu toque…
Eu – Estarei eu a… ou… tu… (?) – sinto o calor da tua respiração junto a mim.
Ele – Sim, eu estou aqui…
- Mesmo?
- Sim… duvidas?
- Não.
- Então porque não te viras?
- E se me virar e deixar de te sentir?
- Confia em mim…
- Tenho medo…
- De quê?
- De te perder. E se isto não der certo? E se te fores? E se não… - Envolves os teus braços à volta do meu corpo, fecho e aperto os olhos.
- Abre os olhos…
- Não!
- Abre… - sorris – Confia em mim, como sempre o fizeste… - entrelaças os teus dedos nos meus.
- Não me largas?
- Nop.
- Prometes?
- Sim.
Devagarinho abro os olhos e… não é uma miragem… eu sinto-te, sinto os teus dedos entrelaçados nos meus, a tua mão! Sim… a tua mão, os teus dedos compridos…
- Tens uma mão tão grande e macia… - lanço um sorriso.
- É para te segurar pela mão quando tiveres medo e te acariciar o corpo nas nossas longas noites…
- Como agora?
- Sim. Mas ainda falta algo…
- O quê? – Sinto agora a tua mão a guiar o meu rosto na direcção do teu…
- Isto. – Encostas os teus lábios aos meus… como são quentes os teus lábios…suavemente beijam o meu lábio inferior tal como com a mesma suavidade se descolam. Viro-me para ti num todo.
Agora, os nossos corpos encontram-se juntos, a sentirem-se…conseguimos ouvir o palpitar dos nossos corações quase que em uníssono…os teus braços por dentro da manta envolvem o meu corpo e aproximam-me mais do teu… uma das tuas mãos sobe-me as costas, desliza sobre a minha camisa de cetim, contorna-me a silhueta e pára junto à minha anca… os teus lábios que outrora beijavam os meus, agora contornam os traços do meu rosto… começas a desliza-los sobre o meu pescoço, passo os meus dedos por entre o teu cabelo atrás e com jeito puxo-os… sinto a pele do meu corpo a arrepiar-se, vinco as minhas unhas nas tuas costas e puxo-te mais para mim.
Olhamo-nos, olhos nos olhos… encostas o teu rosto junto ao meu, assim… assim tranquilamente como quem acaricia algo tão singelo… encostamos tanto como descolamos os nossos lábios um do outro, como quem quer e deseja sentir mas teme por tal. Como quem hesita por tal momento mas mesmo assim deseja-o.
Baixo o rosto… penso que talvez ainda não seja e… e sinto a manta deslizar-me um pouco pelo ombro fora… agora a alça da camisa e… sustento a respiração… respiro fundo enquanto sinto o calor dos teus lábios sobre o meu ombro… a tua língua húmida a percorrer-me a pele como se de um único caminho se tratasse até aos meus lábios… e, desta vez, não hesitamos, mas sim deixamo-nos levar.
Agora, quem dança ao som do raiar do dia e romper da noite são as nossas línguas, juntas, húmidas, quentes… quentes sentem o fervor do desejo, da culminação das nossas almas, dos nossos corpos a completarem-se, a sentirem-se.
Abraço-te.
Abraças-me.
Abraçamo-nos, enquanto a lua, ainda no alto céu, nos deleita as formas do corpo e os primeiros raios do sol nos aquecem a alma…