quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um Bom Ano 2010 para todos.

Final de um ano e começo de outro.

2009 ano de mudanças, ano de ene coisas com ene nomes, mas sobre tudo de crescimento, principalmente psicológico.

2010 ano de… ainda nem sabemos ao certo, que seja o que tiver de ser pelo melhor. (pelo menos há que tentar ;) )

Um Bom Ano 2010 para todos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pelo menos por agora...

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Mala, chaves, casaco. Tranco a porta e sigo.
Chove fortemente, e meros metros depois paro.
Enxergo a poça que espelha o meu rosto enquanto corpo meu sente a chuva cada vez mais intensa.
Fecho os olhos, ergo a cabeça aos céus e sinto cada sopro do vento, cada gota que cai em mim como cristal e desliza-me pelo rosto como lágrima. suspiro…
E do nada sinto… sinto…
Quem sinto eu? Que sinto eu?
Um toque… um toque… sim, um toque. Um suave toque que me acaricia o rosto… uma respiração que se aproxima mais enquanto a minha se acelera… suavemente enquanto baixo um pouco o rosto sinto teus lábios juntos aos meus, um entrelaçar de dedos… suspiro quando teus lábios sobre os meus culminam…
Um toque… um beijo… que surgirá a seguir? Nem me atrevo a abrir os olhos. Contenho-me.
- Como és bela…
É a tua voz? Não, não pode ser, tu nunca farias tal coisa. Nós, …, nós só trocamos meros olhares por instantes, uma, duas, três vezes? Não, quer dizer, sim, sim algumas vezes mais, mas… não… não serás tu, não podes ser tu…
Contenho-me mas o desejo de ter a certeza é mais forte. Não registo e abro os olhos sem saber o que…
- Tu… - Olho-te nos olhos.
Baixo o rosto e subitamente num só toque voltas a erguê-lo. Olhas-me…
- Sempre desejei alcançar os teus lábios. Como és bela… desculpa-me por não me ter contido e te ter beijado, só que… tu, sei lá… a forma como ergues o rosto e sentes a chuva, como as gotas te percorrem… - baixas o rosto.
- Obrigada.
Olhas para mim e sorrio-te timidamente, baixando eu depois o rosto.
- Não o faças.
- O quê? – pergunto-te.
- Não baixes o rosto como se te fechasses dentro de ti mesma.
- É melhor ir… eu… já devo estar atrasada.
- Espera, por favor.
Volto a olhar para ti.
- Tenho mesmo de ir. – Contorno-te e sigo.
Mas, porque tenho eu que ir? Atrasada?! Atrasada para quê? Hum?
Paro subitamente. Fecho os olhos e volto-me. Volto a abri-los e ali estás tu de rosto baixo a olhar a mesma poça onde à momentos antes me reflectia, …, nos reflectia.
Regresso para junto de ti, seguro-te pela mão e sorrio-te. Apetece-me abraçar-te e nem imaginas o quanto. Como posso eu sentir vontade de abraçar alguém com quem só troco meros olhares? Olhos meus parecem fazer transparecer tal questão. Que parva, que estou eu a fazer? Não controlo os meus impulsos? As minhas emoções? Solto-te a mão.
Mas tu aproximas-te.
- Nem eu sei porque o sinto. – E é como se me respondesses à questão inicial.
- Nem eu… - sussurro-te.
- E também apetece abraçar-te.
Ao sorrir questiono-te:
- E lês-me também os pensamentos? – Mordisco o lábio.
- Adoraria. – Respondes-me com um sorriso.
Volto a suspirar e desta vez és tu quem me segura pela mão enquanto te aproximas mais.
Não há impulsos, não há nada mais a conter, por segundos deixo-me levar e sinto o teu corpo junto ao meu. Agora unidos por um abraço. Um abraço cúmplice.
Fecho os olhos e permito-me sentir-te. Permito-te que me sintas tu também.
Uma parte de mim deseja fugir, porquê, para quê, nem eu sei. Mas a parte que de mim resta deseja simplesmente que este momento não termine. Pelo menos por agora, enquanto ainda chove, enquanto aquele charco ainda nos reflecte.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Nosso pequeno grande momento de pausa em plena mutuação...


- Vamos fazer uma pausa. Vem, hoje vamos assistir algo diferente.
- Como por exemplo…?
- Vem. – Seguras-me na mão enquanto me sorris num terno olhar.
- Por onde então?
- Xuh… vem apenas, logo vês e sentes… confia em mim. – Sussurras-me enquanto vendas-me os olhos.
Caminhamos por um longo caminho enquanto passos meus guias. Pouco tempo depois com um suave toque indicas-me que me sente, enquanto que por trás de mim fazes o mesmo, ficando agora de costas junto ao teu peito.
Retiras-me a venda, envolves braços teus à volta do meu corpo e sussurras:
- Que tal?
- Tenho mesmo que te responder?
- Quantas são as vezes que um simples olhar teu indicas-me o que sentes?
- E consegues tu entender todos eles?
- Tento?
- Porque não…?
- Por exemplo, à segundos antes, indicava-me que ficaste radiante para com a vista daqui, acertei?
- Hmm… É obvio que me sinta assim, sabes que gosto de idolatrar pequenos grandes momentos como este.
- E se neste Nosso pequeno grande momento de pausa em plena mutuação te sussurrasse…
- …
- Amo-te.
Suspiro enquanto entrelaço meus dedos nos teus… E ali ficamos, naquele Nosso pequeno grande momento de pausa em plena mutuação, do outro lado do porto a ver grandes embarcações a atracar iluminados por um pôr-do-sol colossal na dúvida de quem seria o primeiro a quebrar aquele silêncio, apesar de o mar de fazer ouvir.
Viro o rosto para ti e num toque suave desenho-te os traços do rosto agora iluminados pela pouca luz do sol que se põe…
Suavemente, toco-te nos lábios contornando-os, aproximamo-nos enquanto olhamos nos olhos um do outro e confinamos o final de tarde mas início de uma vasta noite com um beijo.
Um beijo cúmplice que se faz sentir entre um descolar de lábios e o culminar de sensações… Juntas-me mais a ti e abraças-me… e eu… eu apenas desejo que esta nossa pausa não termine.
Seguro na tua mão, colocando-a entre nós, entrelaçada na minha, bem junto ao palpitar dos nossos corações que, mesmo não passando de um órgão, batem e fazem-se ouvir em plena mutuação.
- Amo-te também. – Sussurro-te enquanto olho-te nos olhos. - Meu pedaço d’alma reluzente.
- Como minh’alma desejava ouvir-te…
- Não basta ouvir-me num palpitar?
- Tua voz quebra não só o silêncio de um vazio como toda a escuridão que possa existe… Um palpitar teu é… é único, mas quando te prenuncias fá-lo com… - olho-te aguardando que concluas. – Eu… Eu amo-te e não o digo apenas porque…
- Xuh… Não justifiques com palavras… deixa-me sentir-te… – Começo a beijar-te suavemente no rosto como se cada beijo meu te sussurrasse o quanto quero-te.
Pouco depois de o sol se pôr, caminhamos agora nós em direcção a algo que nos é desconhecido, mas que numa mutuação de almas iremos descobrir…

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sentada ali...


Sentada ali, inapta para com a situação por nada estar a meu alcance e, sim, é nesta altura que sentes medo e pensas no que podias ter feito para que nada chegasse aquele ponto… porque numa sala de espera de um hospital é assim que te sentes para com quem está lá, do outro lado das portas com sinal de proibido, sentes-te inapto.

E, quando ali permanecia, chegaste tu acompanhado por mais um, acompanhado por ti próprio, pela situação que se seguiu…

Levanto a cabeça, olhas para mim e sorris-me enquanto nasce um cintilar do teu doce olhar.
Mantenho-me seria, não entendo o porquê de tal sorriso e pensamentos meus invocam a razão.
Volto a baixar o rosto enquanto te sentas atrás de mim e começas a falar… a sussurrar por momentos…
Dou por mim a ler o mesmo parágrafo do livro três vezes… fecho, guardo-o e retiro da mala o meu bloco de papel e a caneta. Com isto acabo um desenho que noutra situação havia começado.
Mudas de lugar, para um lugar com maior visibilidade sobre mim, e sinto-te a olhar fixamente, o que me deixa desconfortável.
Olho-te de ressalto e sorris-me uma vez com aquele teu doce olhar.

Está na minha hora de sair, porque o tempo surge e os compromissos chamam-me.
Despeço-me de quem acompanhava, visando que voltaria depois.

Olhamo-nos e o tempo parece destacar-se.
Baixo o rosto e antes de virar o canto entrego-te uma vez mais um olhar… o último olhar.

Sigo o meu rumo, o que ainda há por traçar.
Realizo as tarefas a cumprir, mesmo assim saindo depois do horário, e, tal como prometido, volto ao hospital para ir buscar quem lá deixei.
Nem sequer lá entro, muito menos dou de caras contigo, mas quando a noite adormece comigo nos braços, num sonho reencontro-me contigo.

Num reencontro com situações que a própria razão desconhece.
No sonho ofereceste-me um par de brincos, semelhantes aos que uso. Conversarmos, sorrimos e mais não sei…
Acabando assim por acordar com a impressão que não foi apenas um sonho…
Levanto-me já atrasada para mais um dia que agora enlaça mais uma etapa…
Calço as pantufas e numa delas algo causa-me um desconforto, elevo-a mas nada sai. Volto a calçá-la e o desconforto permanece, por fim coloco a mão dentro dela e retiro de lá um brinco… um brinco que já havia guardado numa caixa.

Coincidências? Certamente que acontecem…

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Divago #1

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Hoje não falamos…
Não nos cruzamos sequer…
Não existiu troca de olhares, muito menos de sorrisos…
Simplesmente, nada.

Suspiro…

Sabes… quando passeio ou até mesmo quando caminho apenas por ter que o fazer, ou quando vou a conduzir… estico a mão como se esta fosse alcançar a tua para caminharmos juntos de mão dada…

Ou até mesmo, quando o faço para apenas sentir algo… o vento ou… sei lá... algo, algo que me eleva no momento, que me faz renascer e ganhar força, uma força que não provem de armas, mas sim de coragem para o que ai vem.

E por mais que passe entre prédios onde por trás das enumeras janelas haja rotina, por mais que o caminho do carro até ao ponto de encontro de mais uma etapa, e ou vice-versa, sejam longos, frios, ventosos e por vezes chuvosos, por mais que as luzes dos carros encadeiem e o passeio seja pequeno de mais para circular, por mais que anoiteça quando este percurso é feito, é neste percurso que me sinto livre, onde os meus pensamentos não têm limites.



Hoje, sei que não falamos sequer, mas acordei com a sensação que contigo tinha estado.

Terminei o dia com um cansaço em cima e fiz grande parte do percurso até ao carro inconsciente. Quando dei por mim estava a descer a avenida, um pouco depois avistei o carro e pensei que já estava quase lá, mas não demorou 1 minuto e passei por ele sem me dar conta. Com isto, voltei para trás uns metros e entrei no carro.

Hoje o telemóvel não parava de tocar, mas nenhum foi um toque teu, e dar conta do work foi… sei lá…

Amanhã é um novo dia.

O «amanhã» será sempre um novo dia…


Esperemos que sim… há que acreditar e aguardar para ver e sentir…

'Carpe Diem'

PS: dei por mim a ouvir esta música e a voltar no tempo enquanto pairava sobre as palavras*

domingo, 15 de novembro de 2009

Passo a passo




Há um clarão reluzente no teu olhar
E, enquanto uma noite enevoada cobre a cidade,
Até de olhos fechados a consegues iluminar.
Quando à chuva corres são cristais que te acariciam o rosto,
E com o tempo correm-te lágrimas pela alma de saudades...

Avanças... aceleras o passo... mas a mágoa não passa.

Olhas para o céu e este sorri-te num cintilar de uma estrela,
Mostrando-te que mesmo chorando possuis uma alma reluzente
Reluzente como uma constelação... uma alma quente
Quente como uma noite de Verão... uma alma doce...

Retomas a corrida... o frio esquecido...

Pensamentos enchem-te a mente à velocidade dos teus passos,
Memórias distantes, histórias inacabadas, algumas nem sequer começadas.
Outras a tão poucas pessoas foram contadas
Mas todas elas fazem de ti quem és, o que és
Todas elas contam um pouco de como aqui chegaste

Paras... respiras... de novo em controlo dos teus pensamentos...
O sol começa a brilhar por entre as nuvens
A brisa a acariciar-te o rosto
E sorris... finalmente livre


Feito em parceria com o Alexandre

...




Chove e a única coisa que quero é sacar a bicicleta e fazer-me ao caminho.
Pedalar até não poder mais e deixar-me ir!
Sentir a chuva a bater-me no rosto cada vez mais forte…
Mas faço-o por me sentir bem ou porque fujo de algo?
Tal como quando saio da aula e faço-me à saída sempre a desejar ficar um pouco, apenas um pouco mais, longe disto tudo, daquela multidão, daqueles rostos… e acelero o passo e… de que fujo eu? O carro não sairá do lugar onde o deixei e não há nada para fazer depois… apenas libertar-me daquele (este) sufoco…

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Hoje...


Hoje... Hoje só sinto um medo que me perseguiu o dia todo e ainda nem adormeceu com a noite...


Eu hoje, só sinto um medo... um medo que se arrasta no corpo e me deixa os olhos rasos...


Hoje... [suspiro...]







...PEQUENO VASTO VAZIO...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

D' #1


P #2

Is not what we have, it's what we believe...








[ou não... ]

P #1

Encontrei-te na berma do cruzamento que nunca nos cruzou...










[Será que algum dia nos cruzará? ... ]

D #2

- E se eu parar?
– Esperas que pare também? Tu decides como jogamos… ou…
- Ou…?
- …

D #1

- Eu então…
- Sim? Sim, eu reparei tal como tu.
- Voltas amanhã?
- Vais voltar a repeti-lo?
- Não sei. Devo?
- Diz-me tu.
- Talvez seja o costume.
- De…?
- De te poder olhar sem poderes fugir…
- ...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sinfonia...


És a sinfonia do bater do meu coração…
O teu perfume uma mistura tonificada de brisa…
Completamente lotada por aquilo que nos fortalece,
Nesta noite que devagar toma a luz do dia e acaricia a lua…
És o calor que procuro quando acordo a meio da noite sem tu lá estares…

Máscara...


Tenho um corpo como todos que por ai vagueiam, onde a própria máscara por vezes não esconde quem somos ou esconde quem não gostaríamos de ser.


Possuo três máscaras: quem sou, quem gostaria de ser e quem finjo ser, tendo esta ultima pintada duma pequena pintura camaleão onde muda com cada situação.


Não possuo asas físicas, mas psicológicas e vagueio por caminhos desconhecidos quase como rotinas e tenho como plataforma a alma que aos poucos crio com cada experiência passada na vida.


Use a máscara que usar esta jamais definirá quem fui, quem sou ou quem um dia serei, pois não possuo máscara na alma, mas sim no rosto…