domingo, 13 de março de 2011

Quero-me de volta.

Sempre me incomodou o anoitecer, apesar de a hora do crepúsculo ser a que mais gosto, por outrora o anoitecer assusta-me…

Quando a noite parece longa, quando todos já dormem e permaneço aqui sentada o sofá sozinha com os olhos rasos.

Só faço asneiras, fervo em pouca água, a verdade é esta: fervo em pouca água.

Os olhos ficam-me rasos e faço com que as lágrimas não caiem, mas isto só faz com que cresça uma pressão na minha cabeça.

Quem me dera pagar uma parte da minha vida.

Não! Espera, eu sempre fui a miúda que sempre disse que prefere não apagar o que se passou porque foi tudo o que se passou que me fez crescer again.

Magoo as pessoas que mais amo.

Talvez muitas delas tenham razão e a culpa seja minha pelas coisas más que falam que não vou mencionar.

No fundo não me conheço, no fundo ninguém se conhece.

Zé… a personagem que criei na minha vida com a qual desabafava, a qual sentia sem sequer sentir, com a qual chorava e falava sem sequer ser ouvida.

Sinto a falta disto…

Sinto a falta da praia, de ir para a praia todos os dias, de caminhar e caminhar, de sentir os pés a ficarem gelados enquanto caminhava descalça à beira-mar, saudades de correr à beira-mar debaixo de chuva sem ter medo de ficar constipada…

God!

Quem sou eu?!

Quero-me de volta.

Zé – Depende de ti.

Eu – Eu sei, mas custa… custa tanto… ainda dói tanto cá dentro tanta coisa.

- Depende de ti, sabes bem disto.

- …

- Depende de ti lutar contra o que sentes e dizer que já passou, perdoar faz parte da vida, perdoar também faz parte do crescer.

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Zinom