sábado, 2 de janeiro de 2010

Numa viagem no tempo...















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05-11-09 BB 01:14
Olha…
Olha como o tempo passou, vês? Sim, eu sei, ‘carpe diem’. Eu cresci, Nós crescemos juntos em cada momento.
Já lá vai mais de um ano e não me consigo desligar das recordações. E mesmo gostando de quem gostei depois de ti, falava-lhe de ti ao qual ele sentiu e uma vez me disse que talvez ele não soubesse fazer-me tão feliz, mas eu fui feliz com ele e, tal como contigo, também crescemos.
Crescemos a cada dia, porque cada dia é um dia.
Ouve…
Ouve o meu coração que ainda palpita mesmo sem a tua mão no meu peito e também eu tenho saudades de encostar a minha cabeça ao teu e ouvi-lo tão acelerado a palpitar.
Vê…
Ou…
Ainda olhas a lua? Ainda vês a estrelinha ao lado dela?
E naquela vez que discutimos, nas noites seguintes ora via a lua ora via a estrela, mas nunca ambas juntas e quando voltei a abraçar-te foi no momento que vi-as novamente juntas.
Sente…
Sente minh’alma pousar sobre as recordações…
Sente os meus olhos a encherem-se de lágrimas e no mesmo instante os mesmos vibrarem num sorriso só por me lembrar da tua voz, do teu sorriso.
God… sinto a tua falta! Sinto falta de partilhar um caderno contigo, de me sentir viva e com vontade de devorar páginas com a escrita e mesmo quando não tinha o caderno escrevia-te cartas. Cartas que agrafaste ao Nosso Livro.
Sabes…
Mudei de casa… quarto diferente, as coisas em sítios diferentes, mas mantive uma coisa…
Em cima da minha mesa-de-cabeceira pousa uma Caravela sobre parte de uma Concha…
E sinto o corpo a estremecer… e engulo um soluço que cai-me da garganta para o peito e sufoca-me não o corpo mas a alma…
Sempre que alguém vê, não vê o significado que tem…
Naquela tarde que foi complicada para estarmos juntos, porque era para eu ir, eu consigo ir e afinal tu já não e de repente a biblioteca vai estar aberta e chego lá e não está, mas tu tinhas dito que estava e que ias lá depois da explicação, certo? As horas passavam, ou melhor, os minutos pareciam horas, eternos e cada pessoa que entrava na biblioteca que acabou por abrir, cada pessoa que entrava eu olhava, mas nunca eras tu. E quando tu chegas… hello? Olhas de ressalto e viraste para a saída e eu: “então?”. Tu voltaste-te e vieste para perto de mim. Sim, lembro-me, não quis cumprimentar-te – ainda estava fria - mas achei piada darmos as mãos por momentos enquanto estudávamos, mas detestei o facto de leres o exercício do tipo: “o Jaquim tem 500 maças e bla bla bla bla que dividiu bla bla bla bla…” tipo, sim? Sim? Eu sei que no fim perguntaste de tinha entendido, mas como ia entender se tu andavas a ler com blas blas no meio e eu nem para me concentrar para ler o exercício? Não, não entendi o exercício e também não me apetecia estudar nem resolver mais problemas porque já tinha feito uns quantos até tu chegares!
Mas aceitei o teu rebuçado PELA PRIMEIRA VEZ! Aceitei sim :$ depois de ofereceres sempre um em ene dias e eu dizer sempre que não, mas como viste, até o papel do rebuçado guardamos no Nosso Livro com direito a data e tudo e o rotulo da garrafa que esgatanhaste com os nervos numa das noites lá no campo. O lenço de papel branco que ainda tem as marcas dos trocos e da corrente da chave que tinhas dentro da algibeira… “Que a nossa amizade nunca seja branca como este lenço de papel, que nunca falte palavras nela…” lembraste? Foi o que te disse. E tu? “epáh, tu até com um lenço de papel branco deixas-me sem palavras?!” ihhhhhhhhhhhhhhhh saudades de te ouvir, dos teus abraços, de caminhar de mão dada contigo mesmo quando chovia, porque normalmente chovia sempre que estávamos juntos e tu até, por fim, perguntavas-me “se hoje ia chover” em vez de “se hoje iria estar contigo”, de ficar a tremer antes e durante os momentos que passamos juntos.
Contigo aprendi a gostar de fado e comigo aprendeste a gostar de andar à chuva e a primeira música de fado que gostei chama-se “Chuva”. A vida falou-nos tanto entre linhas que só com o tempo vamos aprender e conseguir ler tudo o que ela nos tentou dizer…
Ponto um: lembras-te do nosso primeiro abraço? De como estava o tempo? Agora moro praticamente ao lado deste sitio…
Foi à saída do bar da praia, naquela noite chovia e tu: “finalmente o tal abraço!”, foi a noite em que começamos a partilhar o Nosso Livro e ficaste com um bruta sorriso só de leres o acróstico que fiz com o teu nome e a senhora do bar com a cena do Multibanco na mão à espera que metesses o pin e tu só olhavas para o caderno e para mim com um sorriso/ expressão de sei lá… lol :X foi a primeira noite que demos as mãos e andamos abraçadinhos, ainda guardo as fotos que tiramos com a minha maquina “porque apesar de não ser toda xpto como a tua” tinha bateria na altura e a tua não muahah, cabrão, nunca me enviaste as duas fotos que tiraste com a tua, nem aquela foto que estava a comer -.-‘ muito menos aquela ao pé do marco dos correios =/ és mesmo um franguito… piu!
Lembras-te? Lembras-te de me teres dito que querias ver se tinha coragem de te chamar franguito mesmo na cara? E lembras-te do que fiz? De parar a meio do passeio do nada, subir alguns degraus das escadas da entrada do hotel e pedir-te para chegares mais perto e de te chamar de franguito na cara e ainda dizer piu, ali! E calou! Não pia! Não P-I-A! Para veres que eu mesmo pequenina chegava-te à cara para te chamar de franguito – subindo uns 3 degraus das escadas – mas chamei-te ou não chamei? Hem? Ali!
Ponto dois: lembras-te… de como me acalmaste na primeira noite que estivemos no campo juntos? Tremia de nervos e tu seguraste-me na mão e disseste que me acalmavas assim, depois perguntaste se estava melhor ao qual respondi que não; ai entrelaçaste teus dedos nos meus e voltaste a perguntar, mas eu não conseguia deixar de me sentir nervosa por ali estar contigo e ai abraçaste-me… suspiro…
Adoro-te e adorava como me respondias: “também Adoro-te”

A Caravela – o Nosso Barco, em alto mar, numa noite Nossa sem russas nem suecas, só Eu, Tu e um vasto céu repleto de estrelas ao som do mar.
Parte da Concha – a Concha que Contigo partilhei. A qual Tu tens uma parte e Eu a outra e que juntas formam uma e lá dentro guardam o que um dia sentimos um pelo outro…
Guardo-te na alma, porque continuo a achar que o coração é um órgão, tal como sempre te disse.
E sim, eu sei que nunca te dei nem encontraste a chave para abrir-me deste meu mundo, mas mesmo sem a encontrares, deste meu mundo tu fazes e sempre farás parte.






...



De volta à realidade





Como foi ver-te mais de um ano depois?
Foi como ver-te a chegar ao bar da praia como na primeira noite.
Estagnou-se algo em mim, algo que me fez tremer, mas não ter coragem de me chegar junto a ti, até porque tu desvaneceste para não sei onde.

saudades… sim, tenho, tenho e volto a ter e nunca permiti não as ter, porque saudades é também sinonimo de que foi bom, mesmo que tudo tenha acabado num vazio, mesmo que ainda ouça mais ene vezes: “eu não entendo o que se passou com vocês os dois.”, nem eu entendo e há vezes que entendo e sei lá…
sim, há noites que adormeço num soluço, são tantas as vezes que uma lágrima desliza-me, são tantas as vezes que passo por onde passamos juntos e de flash vem-me tudo à alma e não me arrependo de ter partilhado contigo tudo o que partilhamos.
Jamais serás passado, jamais sentir-me-ei mal por te ter conhecido. Tu és e serás sempre especial, um pedaço de minh’alma, da miúda que me tornei.
Eu sei que te disse que a ultima carta te escrevi lancei-a ao mar e não te menti… mas tal como uma vez me disseste que o meu computador era um mundo com a minha escrita, também podes acreditar que neste mundo que existe nele há muitas cartas que para ti escrevi, e… em cada uma delas há um pouco de ti… porque tu és um pouco de mim…













Os caminhos são os mesmos e a calçada continua lá, intacta para com os de mais. Mas, os sentimentos renascem diferentes enquanto pela mesma calçada ainda piso. Em cada lugar há e sempre haverá um pouco de ti, em cada esquina um sorriso teu realça-me no pensamento, …, a troca de olhares subordinados ao que viria depois, as baladas da matriz que fazem estremecer tudo o que um dia, entrelaçadas nas mãos, levamos: a Eterna Amizade, enquanto que pela mesma calçada caminhávamos…

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Zinom